Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

Categoria: Sintaxe (Page 3 of 4)

Apesar dela ou apesar de ela – qual a forma correta?

Quando falamos, tendemos a juntar a preposição "de" com os pronomes "ela" ou "ele". Entretanto, segundo as regras gramaticais, o termo que funciona como sujeito nunca deve ser preposicionado. Ex: Apesar de ela não ter estudado, foi bem na prova. 🔸Observe que o pronome "ela" funciona como sujeito do verbo "ter", por isso não pode ser fundido com a preposição.🔸 Vejamos outros exemplos: Ex1: Já passou da hora de ela se formar. Ex2: Júlia chegou antes de ele sair. ⚠ATENÇÃO! Esses casos nada tem a ver com a fusão da preposição "de" com os artigos "o(s)" e "a(s)". Ex: O cabelo dela é muito bonito. 🔸Aqui o pronome possessivo "dela" tem função de adjunto adnominal.🔸 #DescriçãoDaImagem A imagem mostra uma mulher sorrindo. Ela veste um blazer roxo e usa um arco de flores na cabeça. #português #gramática #educação #aprendizado #estudo #trabalho #empreendedorismo #concurso #concursopúblico #escola #faculdade #vestibular #enem #escrita #língua #linguagem #clubedoportuguês #boanoite

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A forma correta é apesar dela ou apesar de ela? Neste artigo vamos tirar essa dúvida e explicar qual a forma correta. Vamos lá!

Sujeito

Quando falamos, tendemos a juntar a preposição “de” com os pronomes “ela” ou “ele”. Entretanto, segundo as regras gramaticais, o termo que funciona como sujeito nunca deve ser preposicionado.

Ex: Apesar de ela não ter estudado, foi bem na prova.

Observe que o pronome “ela” funciona como sujeito do verbo “ter”, por isso não pode ser fundido com a preposição.

Vejamos outros exemplos:

Ex1: Já passou da hora de ela se formar.

Ex2: Júlia chegou antes de ele sair.

Preposição

ATENÇÃO! Esses casos nada tem a ver com a fusão da preposição “de” com os artigos “o(s)” e “a(s)”.

Ex: O cabelo dela é muito bonito.

Aqui o pronome possessivo “dela” tem função de adjunto adnominal.

Assista ao vídeo sobre a diferença entre orações restritivas e explicativas:

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O que é vocativo – Como identificar e exemplos de uso

Algumas vezes em textos ou frases se apresenta o vocativo, um recurso linguístico  bastante utilizado quando queremos chamar atenção para alguma parte específica.

É muito importante conhecer a estrutura gramatical das frases, para conseguir imprimir um tom claro e coerente aos textos. 

Pensando nisso, neste texto vamos explicar o conceito do vocativo, dar exemplos para facilitar sua identificação e compreensão, mostrar a diferença entre vocativo, sujeito e aposto e esclarecer de que formas o vocativo se apresenta nas frases.

O que é vocativo?

Quando queremos dar ênfase a algum termo da frase sem que ele seja subordinado a qualquer outro, utilizamos o vocativo. Que é o recurso gramatical para representar uma entonação maior e chamar a atenção, invocando algo ou alguém.

Ao utilizar o vocativo, o falante se dirige a quem estiver ouvindo, ou lendo. É utilizado no discurso direto, com uma ênfase de apelo, e pode aparecer em qualquer parte da frase, início, meio ou fim. 

Uma característica do vocativo é que mesmo ao removê-lo, a frase continua tendo sentido completo, já que o vocativo não tem relação sintática com os outros termos da frase. Não faz parte do sujeito ou do predicado. O vocativo é independente.

Como identificar o vocativo em uma frase?

O vocativo é utilizado nas frases como um acessório, um recurso para chamar a atenção.

Para identificá-lo basta que seja feito um teste verificando se a frase, sem sua presença, continua fazendo sentido.

Em caso negativo, não é vocativo, e sim o sujeito. Em caso positivo, o termo em questão é o vocativo.

Exemplos: Cátia, vamos estabelecer uma rotina. (se retirarmo Cátia da frase, ela permanece com seu sentido inalterado, então temos um vocativo)

Cátia vai estabelecer uma rotina. (se retiramos Cátia quem irá estabelecer a rotina? Nessa frase Cátia é sujeito)

Qual é a diferença entre sujeito e vocativo?

A função do vocativo num texto ou frase é chamar a atenção para um termo, um tipo de chamamento. Mas ainda que o retiremos da frase, ela não vai perder o sentido.

Exemplo: Júlia! Precisamos sair agora. (sendo Júlia o vocativo, uma espécie de apelo)

Já no caso do sujeito, ele é o principal termo, ou termos, já que sem ele a frase fica sem sentido.

Exemplo: Júlia precisa sair agora. (sendo Júlia o sujeito, que vai sofrer a ação).

É necessário ressaltar que o vocativo sempre estará pontuado, seja com vírgulas ou ponto de exclamação. E sua presença na frase não altera em nada o sentido, ao contrário do sujeito, que é quem sofre ou pratica a ação.

Diferença entre aposto e vocativo

Como dissemos acima, a intenção do vocativo é dar ênfase a algum termo da frase, sem que no entanto o termo seja subordinado a qualquer outro da frase. Ou seja, se retirado, a frase segue completa.

Exemplo: Júlia! Precisamos sair agora. (sendo Júlia o vocativo).

Precisamos sair agora. (mesmo sem o vocativo, a frase tem sentido)

O aposto está numa frase para dar detalhes ou uma descrição de outro termo, em especial do nome, ou substantivo. Ao contrário do vocativo, o aposto depende do nome para estar na frase, mas o substantivo não depende dele para ter sentido.

Exemplo: Júlia, minha filha! Precisamos sair agora. (detalhando quem é Júlia, no caso o aposto dá a descrição de quem se trata Júlia, minha filha).

A pontuação e o vocativo

Para que o vocativo tenha a ênfase necessária, utilizar a pontuação correta é fundamental.

No caso, destacar o vocativo com vírgulas, em caso de uma pausa mais curta, ou utilizar o ponto de exclamação em caso de pausas longas. Até mesmo com reticências o vocativo pode ser ressaltado.

Também é possível fazer uso de interjeições que indiquem apelo, como “ó”.

Exemplo: Ó meu pai, quando essa guerra vai acabar? (perceba que apesar do uso do vocativo, a frase permanece com sentido inalterado mesmo sem o seu uso)

Importância do uso correto dos vocativos

Em uma linha direta de comunicação, o uso do vocativo é bastante comum. Já que é um apelo de quem está falando para quem está ouvindo. 

Temos dois tipos de uso constante do vocativo:

Uso do vocativo para chamar atenção

Usar o vocativo para chamar a atenção de alguém durante uma conversa direta, utilizando o recurso para dar a ênfase necessária. 

Exemplo: Gustavo! Você está muito atrasado.

Uso do vocativo para demonstrar afeto

Para quem deseja exprimir carinho ou afeto, o vocativo se encaixa muito bem nas frases, sem que elas percam sua característica ou ideia principal.

Exemplo: Ah, minha querida! Uma pena essa perda.

Exemplos práticos de uso do vocativo

Para uma maior compreensão das variadas maneiras de como o vocativo pode aparecer nas frases e textos, seguem alguns exemplos bem claros:

Nomes próprios ou substantivos 

Exemplos: “Maria, venha cá!

Menina! Cuidado para não se machucar!

Vamos embora hoje ainda, pessoal!

Olhem, crianças, que vista incrível!

Pronomes pessoais

Exemplos: Você, preste atenção!

Ei vocês, saiam da pista.

Expressões informais

Exemplo: Ei, amigo, me ajuda aqui.

Poderia me ajudar, por favor, camarada?

Hoje vamos sair para comemorar, galera!

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Orações coordenadas x Orações subordinadas – qual a diferença?

Coordenadas x subordinadas

Entenda como diferenciar os dois tipos de oração

Este texto tem como objetivo explicar as diferenças entre as orações coordenadas e as subordinadas. O fato linguístico que liga esses dois conceitos é o período composto. Subordinação e coordenação estão ligadas à relação entre duas ou mais orações. Vejamos!

Subordinação

A subordinação ocorre quando temos uma situação de dependência entre duas orações. Nesse caso, uma das orações é a principal e a outra se subordina a ela. A oração subordinada não possui  sentido completo, ou seja, ela não é sintaticamente independente.

ex¹: Assim que a mãe chegou, a filha começou o dever de casa.

Perceba que a oração “assim que a mãe chegou” não possui sentido isoladamente. Ela complementa a oração “a filha começou o dever de casa”, que é a principal. Dessa forma, podemos dizer que se trata de uma oração subordinada. No caso, é uma oração subordinada adverbial de tempo. Em outras palavras, ela exerce o papel de adjunto adverbial.

Leia também: Oração subordinada adjetiva restritiva e explicativa – como diferenciar?

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O que é aposto?

Descrição da imagem: Mulher faz anotações no caderno com uma caneta.

Descrição da imagem: Mulher faz anotações no caderno com uma caneta.

Existe um termo muito importante na língua portuguesa – o aposto. Neste texto, vou conceituar, classificar e dar exemplos de como e quando utilizá-lo. Também irei explicar a diferença entre aposto e vocativo.

Aposto

O aposto é um substantivo que explica, detalha, esclarece ou detalha outro.

ex: Júlio, primo de Maria, passou no vestibular.

Perceba que o termo “primo de Maria” acrescenta uma informação sobre quem é Júlio. Logo, estamos diante de um aposto. 

O aposto pode ser:

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Análise sintática na prática!

Análise sintática na prática

O objetivo deste texto é mostrar o passo a passo de uma análise sintática. Vamos lá!

PERÍODO: As redes estaduais poderão fazer adaptações preliminares, já que o Ministério da Educação condiciona a implementação de pontos da reforma à conclusão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

1º PASSO: Identificar o número de orações

Para fazer isso, é necessário encontrar os verbos.

As redes estaduais poderão fazer adaptações preliminares, já que o Ministério da Educação condiciona a implementação de pontos da reforma à conclusão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Identificamos dois verbos. Ou melhor, uma locução verbal (poderão fazer) e um verbo (condiciona).

2º PASSO: Analisar cada oração separadamente

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Oração sem sujeito x Sujeito indeterminado

oração sem sujeito x Sujeito indeterminado

Qual a diferença entre sujeito indeterminado e oração sem sujeito? Neste artigo, vamos mostrar como diferenciar esses dois conceitos. Vejamos!

Oração sem sujeito

A oração sem sujeito, ou com sujeito inexistente, é aquela em que não é possível identificar um sujeito, porque ele simplesmente não está lá, não existe mesmo. Ela ocorre nos seguintes casos:

1) Com verbos ou expressões que denotam fenômenos da natureza:

ex: Fez frio na semana passada.

2) Com verbo haver no sentido de existir:

ex: Na casa, havia seis quartos.

3) Com os verbos fazer, haver e ir quando indicam tempo decorrido:

ex: Faz três anos que não visito Maceió.

4) Com verbo ser na indicação de tempo em geral:

ex: Era primavera, quando os ipês floresceram.

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Oração subordinada adjetiva restritiva e explicativa – como diferenciar?

Oração adjetiva: restritiva e explicativa
Como diferenciar as orações subordinadas adjetivas?

Qual a diferença entre uma oração subordinada adjetiva restritiva e uma explicativa? Essa é uma dúvida comum em muita gente que estuda a língua portuguesa.

Neste artigo, vamos te mostrar as características de cada uma e quando usá-las.

Antes, porém, vamos entender o que são orações subordinadas adjetivas.

Pronome relativo

Esse tipo de oração é caracterizada pela presença de um pronome relativo, que vem sempre após um termo substantivado (na maioria das vezes, um substantivo ou um pronome) e tem a função de retomar um termo anteriormente mencionado.

Exemplos de pronomes relativos: que, o qual, onde, cujo, no qual.

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Conjunções adversativas x concessivas – como identificar qual é qual?

Conjunções

Cada uma tem uma função específica.

As conjunções adversativas e concessivas são usadas com o mesmo propósito: ligar enunciados com orientação argumentativa contrária. Contudo, elas possuem funções diferentes e, por isso, é fundamental saber diferenciá-las para entender qual delas utilizar em cada contexto.

Conjunção adversativa

Nas adversativas, o argumento mais forte é aquele que acompanha a conjunção. Veja:

ex: Ele é inteligente, mas é preguiçoso.

Nesse caso, o fato de ser preguiçoso é mais relevante do que o de ser inteligente. Como bem destacam os professores Francisco Savioli e José Fiorin, a estratégia discursiva é a de indicar uma conclusão e, imediatamente, apresentar um argumento para anulá-la.

A conjunção adversativa é usada para coordenação de orações e introduz uma oração coordenada sindética adversativa. Por isso, a ordem das orações não pode ser invertida. Veja:

ex: Ele é inteligente, mas é preguiçoso. CORRETO

ex²: Mas é preguiçoso, ele é inteligente. INCORRETO

Exemplos de conjunções adversativas: mas, contudo, entretanto, todavia.

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