Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

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Efeitos de sentido – conceito e características

Quando queremos expressar algo além do perceptível durante a produção textual, é comum que façamos o uso de alguns recursos. Esses recursos são conhecidos como efeitos de sentido. Eles podem se manifestar por intermédio da ambiguidade, duplo sentido, ironia e humor. Neste artigo, vamos analisar cada um deles. Confira!

Ambiguidade

A ambiguidade ocorre quando uma mesma palavra ou expressão apresenta mais de uma interpretação. É um recurso que pode ser usado de duas maneiras: 

  • como um mecanismo expressivo, especialmente em textos humorísticos ou de publicidade;
  • como um erro de construção textual, dificuldade a clareza da mensagem. 

Isso significa que a ambiguidade pode tanto ser utilizada com um propósito, quanto sem intenção alguma. Nos casos de textos argumentativos, jornalísticos, didáticos e outros de caráter informativo, ela é considerada um erro. Isso porque, nesses tipos de texto, a mensagem precisa ser o mais objetiva possível. Observe um exemplo:

efeito de sentido: ambiguidade.
Fonte: Escola estadual Darcy Ribeiro

A declaração da imagem acima ilustra a ambiguidade como um erro de construção textual, uma vez que é possível ter a impressão que a modelo Gisele Bundchen está chamando a mãe de galinha e o pai de peixe. 

Contudo, o que ela realmente quis dizer é que sentia falta da galinha e do peixe que a mãe e o pai faziam, isto é, da refeição que eles preparavam.

Já em tirinhas com sarcasmo ou em textos publicitários, a ambiguidade pode ser bem-vinda, pois faz com que o leitor explore as duas possibilidades, como é o caso do exemplo abaixo:

efeito de sentido: ambiguidade
Fonte: Humor Político

Na tirinha, fica claro que a mulher não entendeu a indagação do médico, que se referia ao estado de saúde dela. No entanto,o efeito de sentido foi usado de forma proposital para mostrar que os “corruptos” levaram tudo o que a mulher tinha. 

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Ambiguidade – o que é e como evitar

A ambiguidade, também chamada de anfibologia, consiste na dupla possibilidade de interpretação de uma palavra, de uma expressão ou de todo um texto. Popularmente, recebe o nome de “duplo sentido” e pode ser causada de forma intencional ou não. 

Quando a ambiguidade é proposital e tem finalidade estilística, é considerada uma figura de linguagem de palavra e de construção. Mas quando a ambiguidade é consequência da má escolha de palavras ou da posição em que as palavras se encontram na frase, é caracterizada como um vício de linguagem e deve ser evitada.

Exemplo de ambiguidade como figura de linguagem:

– “Quem come um pede bis.” 

Nesse antigo slogan da Bis, tradicional marca de chocolate wafer, o substantivo comum bis, que significa repetição, gera ambiguidade na frase por ser homônimo perfeito do nome da marca. Logo o slogan tem a intencionalidade de mostrar que os que provam um chocolate da marca Bis, pedem bis, ou seja, pedem para comer de novo, insinuando a boa qualidade do produto.

Nos casos em que a ambiguidade resulta do duplo sentido de uma palavra, ela é chamada de ambiguidade lexical

Exemplo de ambiguidade como vício de linguagem:

– A tia levou a criança para sua casa. 

Aqui já não é possível saber se a casa é da tia ou da criança devido ao mau uso do pronome possessivo.

Em casos como esse, em que a ambiguidade resulta da forma como a frase foi construída, ela é chamada de ambiguidade estrutural.

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Vícios de linguagem: classificação e exemplos

Os vícios de linguagem são desvios das normas gramaticais ocasionados por desconhecimento ou má assimilação da norma culta por parte de quem fala ou escreve.

Neste artigo, vamos falar sobre 12 vícios de linguagem que você deve evitar. Vejamos!

Índice do artigo:

Ambiguidade (Anfibologia)

Também chamada de anfibologia, a ambiguidade consiste na dupla possibilidade de interpretação de um enunciado. Popularmente, esse vício de linguagem recebe o nome de “duplo sentido”.

– Visitou a amiga e depois saiu com seu namorado. (O namorado é de quem?)

– A filha quer o intercâmbio logo, mas a mãe não quer. (Não quer o intercâmbio ou não quer que seja logo?)

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Crase e acento grave são coisas diferentes

Crase-acento-grave

Muita gente pensa que que acento grave é sinônimo de crase. Porém, isso não está correto. Então, sem mais delongas, vamos desfazer essa confusão.

O que é crase?

A crase, segundo Celso Luft, é o encontro e a fusão de vogais idênticas. A palavra vem do grego krásis, que significa combinação, fusão, mistura.

Já o acento grave é uma sinal gráfico que indica que há uma crase (encontro do artigo feminino “a” com a preposição “a” ou encontro da preposição “a” com os pronomes demonstrativos “aquele, aquela, aqueles e aquelas”).

Ex¹: Ele foi à festa ontem.

Ex²: Refiro-me àquela casa que fica perto da igreja matriz.

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