Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

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Transcrição fonética – conceito, função e exemplos

A transcrição fonética consiste em um sistema de símbolos que tem como finalidade representar os sons da fala. No entanto, mais do que símbolos que transcrevem vogais e consoantes de todas as línguas, a transcrição fonética também apresenta outros fatores da pronúncia, como os acentos e a tonicidade, por exemplo. 

Além disso, ela se difere de região para região e de pessoa para pessoa, isso porque ela simboliza os diferentes sotaques que existem. Neste artigo, vamos saber mais sobre esse assunto. Acompanhe!

Sobre a transcrição fonética

Os símbolos fonéticos são determinados pelo IPA – The International Phonetic Alphabet, que, em tradução livre, significa Alfabeto Fonético Internacional. Eles estão diretamente associados com as letras do alfabeto, com algumas exceções. 

Na transcrição fonética, os símbolos são escritos entre colchetes [ ], a utilização do til indica a nasalização da vogal, e o uso do apóstrofo antes de uma sílaba faz referência a sua tonalidade. 

Por intermédio das transcrições, é possível visualizar melhor a fala, com a utilização de seus sinais gráficos próprios. Além disso, elas permitem que o professor alfabetizador reflita melhor sobre os conflitos entre a fala (pronúncia) e a escrita (ortografia). 

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Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) – o que é isso?

Até 1959, o ensino formal da língua portuguesa no Brasil era bastante heterogêneo e despadronizado. Não havia a unificação de terminologias, e cada um poderia, a rigor, usar o nome que quisesse, bem como classificar os ensinamentos conforme bem entendesse. A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), instituída pela Portaria Ministerial 36 de 28 de janeiro de 1959, veio para uniformizar e organizar o ensino da língua.

O fato é que, apesar de ser apenas uma recomendação do Ministério de Estado da Educação e Cultura, a NGB passou a suprir a necessidade de uniformização de termos gramaticais que circulavam “soltos” no universo escolar até a primeira metade do século XX.

A Nomenclatura repercutiu imediatamente nas práticas pedagógicas dos professores da área e reconfigurou o material didático da época. Para as doutoras em Linguística Lucielma de Oliveira Batista e Tamires de Lima Santiago, o contexto macrossocial foi fundamental para o delineamento do projeto que culminou na elaboração da NGB, cuja unificação também foi fundamental para estabelecer uma nova forma de estruturação do ensino público da matéria.

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Qual a ordem certa para estudar português?

Você já deve ter reparado na infinidade de conteúdos que existem de língua portuguesa, não é mesmo? Pontuação, crase, regência, concordância, acentuação, interpretação, análise sintática…

E você, que precisa estudar o nosso idioma, certamente já fez os seguintes questionamentos:

Por qual conteúdo devo começar a estudar?

E depois, o que vem? 

O que de fato importa?

O que posso pular?

Essas dúvidas são muito comuns, mas este artigo do Clube do Português veio para sanar todas elas!

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Qual a diferença entre dizer e falar?

Os verbos dizer e falar, apesar de parecidos, não são sinônimos perfeitos e apresentam uma diferença de significados entre eles. Neste artigo, vamos mostrar como e quando utilizar cada um! Vejamos!

Análise do verbo falar

O verbo “falar” é multifacetado, isto é, apresenta vários significados e também de regências. Pode ser utilizado como verbo transitivo direto, indireto, direto e indireto, intransitivo e pronominal.

Agindo como verbo transitivo direto, “falar” pede um complemento sem a necessidade de uma preposição. Vejamos alguns exemplos:

  • falar diversas línguas;
  • falar demais;
  • falar besteira.

Já como verbo transitivo indireto temos a regência com diversas preposições. Atente-se:

  • falar com a mãe;
  • falar a todos;
  • falar sobre eles;
  • falar de trabalho;
  • falar em objetivos.

Quando o verbo “falar” age como direto e indireto, apresenta diversas composições. Observe:

  • falar algo sobre ele;
  • falar algo a família;
  • falar a ele sobre alguma coisa.

O verbo “falar” como transitivo, independentemente da forma como é aplicado, terá sempre o significado de: expressar algo, declarar algo. 

Já ao ser empregado como verbo intransitivo, “falar” não demonstra regência com nenhum complemento verbal. Veja abaixo:

  • O filho dela já tem 4 anos e ainda não fala.
  • A filha dela já fala muito bem.
  • meus primos falam muito, mesmo!

Percebe-se nos exemplos acima que o verbo “falar”, como intransitivo, muda de significado, podendo ser: facilidade com palavras, tagarelar, discursar, manifestar-se de modo claro. 

Como verbo pronominal, “falar” é usado com pronome oblíquo átono. Observe:

  • A gente não se fala.
  • Elas se falam.

Quando é pronominal, vemos um novo significado para o verbo “falar”: circulação de notícias ou rumores, por exemplo.

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Signo, significante e significado – qual a diferença?

Na linguística, seguindo a linha estruturalista proposta por Ferdinand de Saussure, o signo é a unidade fundamental que nos traz a sensação de que algo faz sentido. É a representação de um código, é como nos fazemos entender.

Aos signos, atribuímos valor, sentido, representação. Eles são instrumentos da nossa comunicação e possuem dois desdobramentos, chamados significante e significado.

Principais diferenças entre significante e significado

Significante é o material do signo, um elemento tangível, perceptível, que nos mostrará a forma escrita ou falada do signo. Quando pensamos nas letras que formam uma palavra (imagem acústica), assim como nos fonemas (manifestação fônica), estamos pensando no significante.

Exemplos: c-a-sa (/k/a/s/a/), m-e-sa (/m/e/s/a/), g-a-t-o (/g/a/t/o/)

Significado é conceito do signo, o elemento abstrato; por meio dele conseguimos formar uma representação mental, a partir do que sabemos sobre o assunto. Quando visualizamos o signo, incluímos aspectos físicos e detalhes.

Exemplos: casa (construção com paredes, telhas, portas, janelas e cômodos, para onde as pessoas vão após um dia exaustivo no trabalho), mesa (objeto construído a partir de um pedaço de madeira, utilizado como apoio para refeições e estudos), gato (pequeno mamífero carnívoro, doméstico, descendente do gato selvagem, com cauda longa, orelhas pontudas e bigodes).

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Fonética articulatória, acústica e auditiva – qual a diferença?

A imagem mostra uma menina e um robô e simboliza como os conceitos de fonética articulatória, acústica e auditiva vêm sendo usados no campo da inteligência artifical.
Esses conceitos vêm sendo usados no campo da Inteligência Artificial

A fonética é o campo da gramática que, segundo o professor Napoleão Mendes de Almeida, estuda os vários sons ou fonemas linguísticos.

Ela se divide em três áreas: articulatória, acústica e auditiva. Neste artigo, você vai entender cada uma delas. Vamos lá!

1) Fonética articulatória

Esse ramo da fonética estuda como os sons são produzidos no aparelho fonador (veja imagem abaixo):

A imagem mostra um aparelho fonador do corpo humano.

Antes de avançarmos com as explicações, é importante diferenciar dois conceitos: voz e fala.

Segundo, Izabel Seara, Vanessa Nunes e Cristiane Lazzarotto-Volcão, a voz pode ser definida como o som produzido a partir da vibração das pregas vocais. Já a fala é o resultado da articulação desse som.

Dito isso, vale destacar que esse segmento busca avaliar as propriedades articulatórias, que, segundo Markus Dicknson, Chris Brew e Detmar Meurers, são três:

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Subsídio – a pronúncia é com som de “c” ou de “z”?

Qual a pronúncia correta da palavra subsídio?

Como é mesmo que se pronuncia subsídio?

Algumas palavras, especialmente as que têm a letra “s”, geram dúvidas no momento da pronúncia. É o caso de subsídio.  Afinal de contas, a pronúncia é com som de “c” ou de “z”?

A forma correta de pronunciar subsídio é “subcídio”, e não “subzídio”. Em outras palavras, o “s” mantém seu som original, como em sapato, subida, sacola, etc. O  “s” pronunciado depois do prefixo SUB- sempre tem o som de “c”.

ex: Subsolo, subsequente, subsidiário.

Todas as palavras conexas ao substantivo também devem ser pronunciadas com o som de “c”:  subsidiar, subsidiado, subsidiário, subsidiariedade, etc.

Pronúncia oficial

É importante ressaltar que o Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa (Volp) da Academia Brasileira de Letras (ABL) registra entre parênteses a pronúncia si.  Logo, a pronúncia oficial é subcídio.

Vale destacar que a Lei Eduardo Ramos, de n. 726, de 8/12/1900, confere responsabilidade legal à ABL para controlar o vocabulário existente no nosso idioma. Apesar de antiga, a lei continua vigente. Assim, as indicações do Volp devem ser consideradas oficiais.

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