Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

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Linguística de corpus – conceito e campos de aplicação

Da grande árvore da Linguística, surgiram vários galhos como a Sociolinguística, a Psicolinguística e a Linguística Textual. A Linguística de corpus é uma dessas ramificações.

Essa área se interessa por estudar a língua em uso, a partir de suas especificidades – como as expressões regionais – e da comparação com outras formas de expressão pela fala do dia a dia.

Como ela faz isso? A partir da coleta e análise de imensos bancos de dados formados por textos produzidos por falantes reais (a exemplo de discursos, textos históricos, entrevistas transcritas e conteúdo extraído de redes sociais). Para formar um corpus, só é preciso que eles tenham algo bem típico e, portanto, apresentem alguma similaridade.

Isso pode ser encontrado numa coleção de edições diárias de um jornal ou revista, na coleção de arquivos dos discursos feitos em Plenário do Congresso Nacional, ou ainda em todos os tweets de um influenciador digital qualquer.

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Sincronia x Diacronia: qual a diferença?

Uma das áreas mais fascinantes da língua portuguesa é o estudo da própria língua. Acompanhar as mudanças pelas quais ela passa pode ser um exercício divertido: você já se perguntou por que seus avós chamavam uma pessoa bonita de “brotinho”? Ou por que seus pais, anos depois, adotaram “boazuda” para dizer a mesma coisa? E por que será que você, atualmente, não fala como eles?

Ferdinand de Saussure, considerado o pai da linguística, pode te ajudar a compreender esses pontos. A linguística é concebida como uma ciência, ou seja, não apenas descreve fatos linguísticos como também busca explicações coerentes para sua ocorrência.

Graças aos estudos saussurianos, a língua é explicada a partir de quatro dicotomias: língua x fala, significante x significado, sincronia x diacronia, paradigma x sintagma. Neste artigo, vamos nos concentrar em sincronia e diacronia.

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Signo, significante e significado – qual a diferença?

Na linguística, seguindo a linha estruturalista proposta por Ferdinand de Saussure, o signo é a unidade fundamental que nos traz a sensação de que algo faz sentido. É a representação de um código, é como nos fazemos entender.

Aos signos, atribuímos valor, sentido, representação. Eles são instrumentos da nossa comunicação e possuem dois desdobramentos, chamados significante e significado.

Principais diferenças entre significante e significado

Significante é o material do signo, um elemento tangível, perceptível, que nos mostrará a forma escrita ou falada do signo. Quando pensamos nas letras que formam uma palavra (imagem acústica), assim como nos fonemas (manifestação fônica), estamos pensando no significante.

Exemplos: c-a-sa (/k/a/s/a/), m-e-sa (/m/e/s/a/), g-a-t-o (/g/a/t/o/)

Significado é conceito do signo, o elemento abstrato; por meio dele conseguimos formar uma representação mental, a partir do que sabemos sobre o assunto. Quando visualizamos o signo, incluímos aspectos físicos e detalhes.

Exemplos: casa (construção com paredes, telhas, portas, janelas e cômodos, para onde as pessoas vão após um dia exaustivo no trabalho), mesa (objeto construído a partir de um pedaço de madeira, utilizado como apoio para refeições e estudos), gato (pequeno mamífero carnívoro, doméstico, descendente do gato selvagem, com cauda longa, orelhas pontudas e bigodes).

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