O sujeito é o ser ou fato sobre o qual o predicado faz uma declaração. Além de ser considerado um termo essencial da oração, o sujeito é o responsável pela conjugação do verbo e recebe várias classificações.
Neste artigo, vamos analisar todos os tipos de sujeito e apresentar exemplos de cada um deles.
Índice do artigo:
- Como identificar o sujeito;
- Sujeito simples;
- Sujeito composto;
- Sujeito oculto;
- Sujeito indeterminado;
- Sujeito oracional;
- Sujeito inexistente.
Como identificar o sujeito de uma oração
A forma mais fácil de identificar os tipos de sujeito é começando a análise pelo verbo. Perguntar “o quê?” ou “quem?” para o verbo ajuda na maioria das vezes, além do fato de saber que o verbo concorda em número e pessoa com o núcleo do sujeito.
Exemplo:
– O novo apartamento do condomínio está à venda.
O verbo da oração acima é “está”. Ao perguntarmos para ele “o que está à venda?”, a resposta será “O novo apartamento do condomínio”, logo esse é o sujeito.
Perceba também que o verbo está na terceira pessoa do singular igual ao núcleo do sujeito, que é a palavra “apartamento”. O núcleo, portanto, é a palavra mais importante desse termo.
Mas não pense que o sujeito estará sempre antes do verbo! Nos casos de orações na ordem indireta, o sujeito pode aparecer depois dele. Exemplo:
– Correu desesperadamente da polícia o criminoso.
Verbo: Correu (terceira pessoa do singular)
Pergunta: Quem correu?
Resposta: o criminoso (sujeito na terceira pessoa do singular).
Podem ser núcleos do sujeito as seguintes classes gramaticais:
– substantivo (ou palavra substantivada)
– pronome
– numeral
– verbo no infinitivo
Além dessas classes, temos as orações subordinadas substantivas subjetivas.
Tipos de sujeito
Vejamos agora os seis tipos de sujeito.
1) Sujeito simples
É o que apresenta apenas um núcleo explícito.
– Lucas era o melhor aluno da sala.
Sujeito simples e núcleo do sujeito: Lucas
– Aqueles meninos não sabem o que querem da vida.
Sujeito simples: Aqueles meninos
Núcleo: meninos
– Ficou um pouco confusa a letra dela.
Sujeito simples: a letra dela
Núcleo: letra
2) Sujeito composto
É o que apresenta mais de um núcleo explícito.
– Lucas e Isabela eram os melhores alunos da sala.
Sujeito composto: Lucas e Isabela
Núcleos: Lucas, Isabela
– Foram roubadas a mochila, a pasta e a carteira no escritório.
Sujeito composto: a mochila, a pasta e a carteira
Núcleos: mochila, pasta, carteira
– Você e eu devemos resolver o problema.
Sujeito composto: Você e eu
Núcleos: Você, eu
3) Sujeito oculto, elíptico ou desinencial
É o que apresenta um núcleo implícito, mas que pode ser identificado facilmente por meio da desinência do verbo.
– Estudo todos os dias para passar no concurso.
Pergunta para o verbo: Quem estuda?
Resposta: Eu (sujeito oculto)
Confirmamos isso ao analisar a desinência do verbo, que é de primeira pessoa do singular.
– Vamos viajar amanhã pela manhã.
Pergunta para o verbo: Quem vai viajar?
Resposta: Nós (sujeito oculto)
Confirmamos isso ao analisar a desinência do verbo, que é de primeira pessoa do plural.
– Sabes que não tolero mentiras.
Pergunta para o verbo: Quem sabe?
Resposta: Tu (sujeito oculto)
Confirmamos isso ao analisar a desinência do verbo, que é de segunda pessoa do singular.
4) Sujeito indeterminado
É aquele cujo núcleo é desconhecido e impossível de identificar mesmo o verbo indicando que houve uma ação praticada por alguém. Ocorre em três casos:
- Verbo na terceira pessoa do plural sem nenhum referente anterior:
– Roubaram uma senhora na rua de casa.
– Saíram sem ninguém perceber.
– Criticaram-nos no formulário de avaliação.
Quem roubou? Quem saiu? Quem criticou? Não se sabe.
- Verbo de ligação, verbo intransitivo, verbo transitivo indireto, verbo transitivo direto seguido de preposição (todos na terceira pessoa do singular) + partícula –se:
– Necessita-se de novos funcionários.
– Só se vive bem nesta empresa porque vocês são amáveis.
– Ama-se a Deus nesta casa.
- Verbo no infinitivo impessoal:
– Para dar certo, é necessário trabalhar muito.
Para algo dar certo, é necessário alguém trabalhar muito. Ou seja, não se sabe o que seria esse algo e esse alguém.
– É triste ver esse desperdício de comida.
É triste alguém ver esse desperdício de comida, mas esse alguém é desconhecido.
5) Sujeito oracional
É aquele que aparece em forma de oração. Obrigatoriamente, o verbo desse sujeito fica na terceira pessoa do singular.
– É preciso que ele respeite as leis de trânsito.
A oração introduzida pela conjunção integrante “que” introduz o sujeito do verbo ser, que está na terceira pessoa do singular.
– Nota-se que a artista deu o seu melhor.
A oração introduzida pela conjunção integrante “que” introduz o sujeito do verbo notar, que está na terceira pessoa do singular.
Sintaticamente, essas orações são classificadas como orações subordinadas substantivas subjetivas.
6) Sujeito inexistente (oração sem sujeito)
Ocorre em orações com verbos impessoais. Obrigatoriamente, esses verbos ficam na terceira pessoa do singular também, exceto o verbo ser.
– Havia muita gente na manifestação.
– Choveu e trovejou a noite inteira.
– São cinco horas da manhã.
– Basta de enganação.
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