Clube do Português

Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

Pressa, Preça e Presa: quando usar cada palavra?

As palavras pressa, com “ss”, preça, com “ç”, e presa, com “s”, existem na Língua Portuguesa. Porém, elas têm usos distintos. Neste artigo, vamos mostrar como e quando utilizar cada termo. Confira!

Pressa, preça e presa: quando usar cada termo?

Quando usar “pressa”?

Pressa é um substantivo feminino que indica falta de calma ou de paciência ou necessidade de fazer algo com agilidade e rapidez.

A palavra vem do latim pressus e é sinônima de afobação, precipitação, urgência, celeridade e correria.

O termo, no plural, pode também compor a locução adverbial de modo “às pressas“. Nesse sentido, observe que, por estarmos diante de uma locução com núcleo feminino, devemos utilizar o acento grave indicativo de crase.

Exemplos com “pressa”

  • A pressa é iminiga da perfeição.
  • Maria saiu às pressas para escola, porque seu despertador não tocou na hora certa.
  • Ando devagar, porque já tive pressa. Levo esse sorriso, porque já chorei demais.
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Mega-sena ou Megassena: qual a forma correta?

Apesar de ir contra as autais regras da língua portugesa, a forma correta é “mega-sena”, com hífen. Neste artigo, vamos explicar por que “megassena” não está correto. Confira!

Mega-sena ou megassena: qual a forma correta?

Acordo Ortográfico

A Reforma Ortográfica definiu que, em palavras compostas, se o primeiro elemento terminar com vogal e o segundo elemento iniciar com “s”, devemos escrevê-las sem hífen e dobrar essa consoante.

Para entender melhor, vamos ver alguns exemplos:

  • Antissocial;
  • Autossuficiente;
  • Megassistema;
  • Ultrassom.

Opa! Mas por essas regras a forma correta não seria “megassena”? Sim, seria. Contudo, há uma questão temporal que influenciou a grafia da palavra. Vejamos!

Mega-Sena: por que tem hífen?

O nome Mega-Sena foi criado pela Caixa Econômica Federal (CEF) no ano de 1996, ou seja, antes da entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico.

Com o passar do tempo, ela se tornou a maior modalidade lotérica do Brasil. Por essa razão, a Caixa decidiu não alterar a grafia da palavra, pois a marca ficou muito conhecida em todo o país.

Vale dizer que, por ser um substantivo próprio, que dá nome a um determinado produto, não há obrigatoriedade de que o termo siga à risca as regras ortográficas vigentes.

Portanto, para resumir, o hífen na expressão Mega-Sena deve-se mais a uma decisão institucional do que linguística.

O que é a Mega-Sena?

Trata-se de uma modalidade de loteria que consiste na escolha de seis números (daí o nome “sena”). Apesar de as maiores quantias serem pagas aos que acertam todos os números, também são distribuídos prêmios para quem acerta quatro (quadra) ou cinco (quina) números.

Para quem faz apenas um jogo, a chance de acertar todos os números, segundo a Caixa Econômica Federal é de 1 em 50.063.860. À medida que aumenta a quantidade de jogos, essas chances também se apliam.

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Homossexual ou gay: quando usar cada termo?

Apesar de serem usados como sinônimos, os termos homossexual e gay tem significados e aplicações distintas. Neste artigo, vamos mostrar quando e como empregar cada um deles. Confira!

Homossexual ou gay: quando usar cada termo?

Quando usar “homossexual”?

A palavra homossexual é um adjetivo ou substantivo de dois gêneros, formado por derivação prefixal. Ela nasceu da união do prefixo “homo” (que significa igual ou semelhante) com o vocábulo sexual.

O termo caracteriza pessoas que tem atração e/ou se relacionam afetiva e sexualmente com pessoas do mesmo sexo.

Vale destacar que homossexual pode ser usado tanto para mulheres quanto para homens.

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Transitividade verbal: o que é, direta, indireta e outras

A transitividade verbal indica a relação do verbo transitivo com os seus complementos. Isso porque, quando o verbo transitivo está sozinho, ele não possui um sentido completo, necessitando da transição para um determinado elemento que o complemente. 

Neste artigo, você vai aprender a diferenciar os conceitos de verbo é transitivo direto, indireto, bitransitivo e intransitivo por meio de exemplos. Acompanhe a leitura e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto!

Transitividade verbal: guia completo com exercícios comentados.

O que é transitividade verbal?

Como dito anteriormente, a transitividade verbal é a ligação que um verbo transitivo tem com o seu objeto. Em outras palavras, trata-se da forma como um verbo é regido para ter conexão com o seu complemento. 

Para você entender melhor, acompanhe o exemplo a seguir:

  • A Luísa não quer.

Ao ler a frase acima, não é possível entender o que a Luísa não quer. Isso porque o verbo “querer” necessita de um complemento, ou seja, de um objeto para ganhar sentido. Logo, ele é um verbo transitivo. Veja um novo exemplo:

  • A Luísa não quer pão.

Agora, a oração está completa e conseguimos entender o seu contexto. Melhor dizendo, o verbo transitivo apresenta o seu objeto, o “pão”. Assim, para identificar a transitividade verbal, é necessário entender que ela está associada a uma transmissão do sentido de ação do verbo com o seu objeto. 

Além disso, conforme o tipo de complemento, a classificação dos verbos também muda, podendo ser:

  • verbo transitivo direto (VTD);
  • verbo transitivo indireto (VTI);
  • verbo transitivo direto e indireto (VTDI);
  • verbo intransitivo (VI).

No tópico abaixo, falaremos sobre cada uma delas em detalhes. 

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Mixaria ou Micharia: qual a forma correta?

A grafica correta é mixaria, com “x”. Dessa maneira, a forma micharia, com “ch”, está errada e não deve ser utilizada. Neste artigo, vamos explicar esse tópico de forma mais detalhada. Confira!

Mixaria ou Micharia: qual a forma correta?

Origem e significado

A palavra mixaria é um substantivo feminino formado por derivação sufixal (mixe+aria).

De acordo com o dicionário Aulete, o vocábulo indica algo sem valor ou uma quantia muito pequena em dinheiro. Ele é sinônimo de buginganga, quinquilharia, bagatela, ninharia ou insignificância.

Vale pontuar que o termo mixe, por sua vez, deriva de mi’xi (ou mixi), que significa “pouco” ou “pequeno” no idioma guarani.

Exemplos com mixaria

  • Eu me recuso a trabalhar por mixarias. Afinal, investi muito dinheiro na minha formação.
  • Comprei esse casaco marrom de marca por uma mixaria em um brechó perto da casa da minha tia.
  • O Brasil ainda é um país onde a maioria da população tem de viver apenas com uma mixaria, enquanto uma pequena parcela da população é privilegiada e tem acesso a bens de luxo.
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Habituar-se a x Habituar-se com: qual a forma correta?

A forma correta é “habituar-se a“. A construção “habituar-se com” está errada e não deve ser utilizada. Neste artigo, vamos explicar as razões. Confira!

Habituar-se a x Habituar-se com: qual a forma correta?

Gramática normativa

De acordo com José Carlos de Azeredo, na “Gramática Houaiss”, o verbo habituar-se, no sentido de acostumar-se, exige o uso da preposição “a”. Vejamos alguns exmeplos:

  • Apesar de morar na cidade há mais de 10 anos, Giovane ainda não se habituou ao frio de Porto Alegre. (CORRETO)
  • Apesar de morar na cidade há mais de 10 anos, Giovane ainda não se habituou com frio de Porto Alegre. (ERRADO)
  • Para resolver questões complexas é preciso se habituar à linguagem matemática. (CORRETO)
  • Para resolver questões complexas é preciso se habituar com a linguagem matemática. (ERRADO)
  • Eu ainda não me habituei à nova rotina. (CORRETO)
  • Eu ainda não me habituei com a nova rotina. (ERRADO)
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Desinências: conceito, tipos e exemplos

Desinências são morfemas que se juntam ao final das palavras para flexioná-las. Inclusive, essas partículas são conhecidas como morfemas flexionais e podem ser classificadas como nominais ou verbais. 

Continue a leitura do artigo para uma explicação detalhada do assunto!

Desinências: verbal e nominal

O que são desinências nominais?

As desinências nominais são as partes da estrutura das palavras que indicam as flexões de gênero e número dos vocábulos. Observe o exemplo abaixo:

  • O menino comeu toda a caixa de chocolates.
  • Os meninos comeram toda a caixa de chocolates.
  • A menina não gostou do suco de laranja.
  • As meninas não gostaram do suco de laranja. 

Nas frases acima temos:

  • menin-o
  • menin-os (flexão de número – plural)
  • menin-a (flexão de gênero – feminino)
  • menin-as (flexão de número – plural)

Desinências nominais de número: variações

Normalmente, o plural é indicado pela desinência -S. Porém, algumas palavras terminadas com a letra S, Z ou R podem formar plural com o acréscimo de -ES. Assim como as que terminam com L, que formam plural com o acréscimo -IS, ou as terminadas em M as quais se trocam o M por -NS. 

  • inglês – ingleses.
  • rapaz – rapazes;
  • açúcar – açúcares;
  • funil – funis;
  • margem- margens.

Palavras que não admitem variações

Vale lembrar que nem todas as palavras admitem flexões de gênero e número. Abaixo, você confere algumas delas.

Palavras que não admitem flexão de gênero:

  • mesa – não existe “meso”;
  • cadeira – não existe “cadeiro”;
  • cama – não existe “camo”;
  • carro – não existe “carra”.

Palavras que não admitem flexão de número:

  • ônibus;
  • férias;
  • tênis;
  • atlas;
  • pais. 
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Tem vírgula na expressão “entendedores entenderão”?

Não devemos utilizar a vírgula na expressão “entendedores entenderão”. Neste artigo, vamos explicar o motivo do não uso do sinal de pontuação. Confira!

Sujeito e predicado

De acordo com os gramáticos Celso Cunha e Lindley Cintra, a vírgula não deve ser usada para separar sujeito e predicado, porque esses elementos são, em regra, inseparáveis na estrutura da oração.

É o que acontece na frase “entendedores entenderão”. Nela o termo “entendedores” funcionam como sujeito da forma verbal “entenderão”. Assim, esses vocábulos não podem ser separados com sinais de pontuação.

Qual o significado da expressão “entendedores entenderão”?

A expressão é utilizada usualmente na internet para dizer que só quem conhece determinado assunto – ou é muito esperto – vai compreender determinado tópico.

Vale ressaltar, porém, que se trata de uma construção coloquial, que não deve ser utilizada em textos que demandam mais formalidade, como redações de vestibulares, e-mails corporativos, memorandos, etc.

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A caminho ou À caminho: ocorre crase?

A forma correta é “a caminho” sem o acento grave. No caso dessa expressão, não estamos diante de uma ocorrência de crase. Neste artigo, vamos explicar por que.

A caminho x À caminho: qual a forma correta?

O que é crase?

Antes de avançarmos, vamos relembrar o conceito de crase. De acordo com o gramático Napoleão Mendes de Almeida, trata-se da fusão da preposição “a” com o artigo feminino “a” ou com os pronomes demonstrativos “a”, “aquele”, “aquela” ou “aqueles”.

Nesses casos, usamos o acento grave para indicar a contração de vogais iguais, ou seja, de dois “as”.

Locuções com palavras masculinas

Em regra em locuções formadas com palavras masculinas, não há ocorrência de crase. É examente o caso da locução adverbial de modo “a caminho“.

Outros exemplos que seguem a mesmo prescrição são: a caráter, a gás, a vapor, a prazo, a tiracolo, a pé, etc.

Não usamos o acento grave nessas expressões, porque não temos o encontro ou fusão de duas letras “a”. Afinal, antes de substantivos masculinos usamos o artigo definido masculino “o”.

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Acróstico: o que é, como fazer e exemplos

O acróstico é uma composição escrita que pode ser formada por palavras ou frases como base. O mais comum é que se inicie com uma mesma letra. No entanto, ele também pode ser construído com as letras do meio ou do fim de um vocábulo. 

Trata-se, portanto, de uma estrutura criativa que leva o leitor a decifrar uma mensagem específica transmitida pelo autor. Neste artigo, falaremos em detalhe sobre o assunto. Acompanhe!

Acróstico: o que é , como fazer e exemplos

O que é um acróstico?

O acróstico é uma técnica poética existente há muitos anos, e popular em diferentes línguas e culturas. Ele é uma forma de expressão criativa na qual as letras iniciais de cada linha, verso ou parágrafo são destacadas formando uma palavra, nome ou frase. 

O objetivo do acróstico é fazer uma composição inventiva para transmitir uma mensagem. Entretanto, ele também pode ser usado para criar um jogo de palavras, homenagear alguém ou simplesmente para dar um toque poético a um texto. Veja um exemplo:

Fonte da imagem: Site Pensador.com

Nota-se no exemplo acima que a autora Sonia Marques usou a primeira letra de cada frase para compor o poema em questão. Ao ler na vertical, podemos enxergar a palavra “lágrimas”.

Normalmente, esse tipo de composição é feito dessa maneira (utilizando as letras iniciais). Contudo, ele também pode ser criado a partir das letras intermediárias ou finais. Vamos, portanto, conhecer as suas variações. 

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