A língua portuguesa tem tantas expressões parecidas que, se não forem utilizadas no contexto adequado, podem causar confusão.

O contexto adequado não costuma ser difícil de construir: às vezes, uma única vírgula consegue mudar todo o sentido de uma frase.

A posição que as expressões textuais ocupam determinam a compreensão do texto e a produção de sentido. No artigo de hoje, vamos analisar as expressões “como“, “bem como” e “assim como“, que serão utilizadas com um sinal de pontuação: a vírgula (,).

Conjunções subordinativas comparativas: como, bem como, assim como

Uma conjunção subordinativa comparativa é aquela que estabelece um paralelo em relação à oração. Serve como meio de ligação, correspondência e comparação. Como as demais conjunções subordinativas, são invariáveis. 

Além de “como“, “bem como“, “assim como“, também fazem parte do mesmo grupo comparativo as expressões “que nem”, “que”, “do que”, “tal qual”, etc.

Exemplos com a conjunção “como”

  • Como eu e ele também não gostamos de pudim.
  • Eu, como ele, também não gosto de pudim.

Exemplos com a conjunção “assim como”

  • Eu, assim como ele, não gosto de pudim.
  • Eu assim como ele não gostamos de pudim.

Exemplos com a conjunção “bem como”

  • Eu, bem como ele, não gosto de pudim.
  • Eu bem como ele não gostamos de pudim.

A vírgula faz toda a diferença

Diante das conjunções subordinativas comparativas, a vírgula é que dará o tom. Isso significa que ela poderá alterar o verbo, para o singular ou para o plural.

Com a vírgula, temos separação, logo, o sujeito é simples e permanece no singular. Sem a vírgula, temos união, formando sujeito composto, logo, passamos para o plural.

Outro ponto para ter atenção na hora de usar a vírgula com as conjunções subordinativas comparativas: se a ideia é dar ênfase ao sujeito simples, use (no caso dos exemplos acima, o foco está na primeira pessoa do singular: “eu”). 

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