Ficção e Não Ficção: diferenças, conceitos e exemplos

Imagine que você está fazendo uma prova de concurso público e encontra uma questão sobre um texto de João Cabral de Melo Neto. O enunciado questiona se o texto é um relato de ficção ou um registro de não ficção. Nesse contexto, saber distinguir entre esses dois gêneros pode ser fundamental para interpretar o texto e escolher a alternativa correta.

Essa habilidade é frequentemente testada em provas que exigem análise textual, interpretação de gêneros literários e compreensão de diferentes estilos narrativos. Por isso, neste artigo, vamos explorar as características de ficção e não ficção, com exemplos que podem ajudá-lo a identificá-los! Confira!

O que é ficção?

Ficção é um conceito que se refere a narrativas criadas pela imaginação, com personagens, cenários e eventos inventados. Dessa forma, o objetivo é entreter, explorar temas ou expressar a criatividade, e é comum que seja abordada em questões de interpretação literária e análise de estilo. Gêneros como romance, fantasia e mistério estão nesse grupo.

Para reconhecer textos de ficção em provas, você deve verificar os seguintes pontos:

  • O texto apresenta personagens ou cenários fictícios?
  • Há uma narrativa que não se baseia em fatos reais?
  • O objetivo parece ser artístico ou estético que informativo?
Características dos textos de ficção

Exemplos de ficção

Romance:

  • Dom Casmurro, de Machado de Assis – Retrata as dúvidas e complexidades do narrador Bento Santiago.
  • Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa – Uma história épica no sertão brasileiro.

Drama e Comédia:

  • O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna – Mistura elementos religiosos e humorísticos.
  • A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo – Um marco do romantismo no Brasil.

Fantasia e Ficção Científica:

  • A Espinha Dorsal da Memória, de Braulio Tavares – Explora temas futurísticos e surreais.
  • O Menino Maluquinho, de Ziraldo – Uma fábula moderna cheia de imaginação.

Horror:

  • A Sombra de Reis Barbudos, de José J. Veiga – Uma obra que mistura mistério e crítica social.

O que é não ficção?

A não ficção, por outro lado, baseia-se em fatos reais. Assim, ela é frequentemente usada em provas para explorar textos informativos, análises críticas, relatos históricos ou biográficos. Dessa forma, seu objetivo principal é educar, documentar ou persuadir, sem recorrer tanto à imaginação para criar personagens ou eventos.

Para identificar a não ficção em questões, você deve verificar os seguintes pontos:

  • O texto contém informações verificáveis sobre eventos, pessoas ou fatos reais?
  • O autor está apresentando dados, argumentos ou análises?
  • O objetivo parece ser informar ou documentar a realidade?
Características dos textos de não ficção.

Exemplos de não ficção

Biografia:

  • Chatô, o Rei do Brasil, de Fernando Morais – Relata a vida de Assis Chateaubriand.
  • Garrincha: A Alegria do Povo, de Ruy Castro – Retrata a trajetória do famoso jogador de futebol.

Memórias e Relatos:

  • Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus – O diário de uma mulher na favela.
  • Infância, de Graciliano Ramos – Memórias da infância do autor.

História:

  • 1808, de Laurentino Gomes – Relata a fuga da corte portuguesa para o Brasil.
  • Brasil: Uma História, de Eduardo Bueno – Uma narrativa acessível sobre a história do país.

Ensaios:

  • Casa-Grande & Senzala, de Gilberto Freyre – Uma análise da sociedade patriarcal no Brasil.
  • O Povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro – Um estudo antropológico sobre a formação do povo brasileiro.

Diferenças principais

CritérioFicçãoNão Ficção
BaseImaginativaFactual
FinalidadeEntretenimento, expressão artísticaEducação, documentação, persuasão
Exemplo em provasDom Casmurro – Enfoque literárioQuarto de Despejo – Crítica social

Por que é importante saber isso para concursos públicos?

A distinção entre ficção e não ficção pode aparecer em questões que pedem para identificar o gênero textual. Nesse sentido, o enunciado pode perguntar diretamente se o texto apresentado é ficção ou não ficção. Por isso. saber a finalidade do texto, ou seja, se o objetivo é informar, entreter ou persuadir, pode ser a chave para a resposta certa.

Ademais, reconhecer as características de ficção e não ficção não é apenas útil para provas objetivas, mas também para as discursivas. Por essa razão, essa habilidade permite que você interprete os textos com maior precisão e identifique o que cada questão está exigindo. Afinal, uma boa análise textual é uma das chaves para o sucesso em concursos públicos.

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