O falso prefixo “neo-” exprime a noção de algo novo, como é o caso da palavra “neonatal”, por exemplo, que indica o nascimento de uma criança. No entanto, após a reforma ortográfica, algumas dúvidas surgiram, como a obrigatoriedade ou não da utilização do hífen com “neo-”.
Pensando nesse questionamento, neste artigo, vamos esclarecer de uma vez por todas a necessidade ou não de se colocar o hífen com esse falso prefixo. Confira!
Quando usar hífen com neo-?
As regras do uso do hífen com o falso prefixo “neo-” são bem simples. Nos casos em que o segundo elemento se inicia com as letras “o” ou “h”, o hífen é obrigatório. Observe os exemplos abaixo:
- neo-humanismo;
- neo-ortodoxo;
- neo-hebraico;
- neo-otoplastia.
Já se o segundo elemento começar com as consoantes “s” ou “r”, é obrigatório dobrá-las e não utilizar o hífen. Veja:
- neorrealismo;
- neossolo;
- neorrepublicano;
- neossocialista.
Nos demais casos, o hífen não é usado. Confira alguns exemplos:
- neonatal;
- neobarroco;
- neolibral;
- neoclássico;
- neocatolicismo.
Falso prefixo
Neo é considerado um falso prefixo. Para entender melhor esse conceito, é necessário antes compreender o que é um prefixo.
Um prefixo é um termo que se junta a outra palavra para formar um novo termo, com um novo significado. Apesar de possuir um significado por si só, a função principal do prefixo é formar outros vocábulos.
Já o falso prefixo é um termo que, conquanto tenha aparência e funcione como prefixo, possui seu próprio radical, ou seja, ele poderia ser utilizado de forma isolada, sem precisar do complemento de outro vocábulo.
Dito de outra forma, trata-se de uma palavra que surgiu como termo independente e, com o tempo, passou a ser utilizada como prefixo.
Outros exemplos de falsos prefixos são: contra, auto, agro, aero, pseudo e semi.
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