Tanto eleito quanto elegido estão corretos, mas devem ser utilizados em situações distintas. Neste artigo, vamos explicar quando usar cada um. Vejamos!
Particípio abundante
Eleger é um verbo abundante. Segundo os gramáticos Celso Cunha e Lindley Cintra, “são chamados de abundantes os verbos que possuem duas ou mais formas equivalentes. […] Na quase totalidade dos casos, essa abundância ocorre apenas no particípio”.
Em outras palavras, nesse caso, o verbo tem dois particípios: um regular (elegido) e outro irregular (eleito).
Quando usar “elegido”?
O particípio regular (aquele terminado em -do) deve ser utilizado na constituição de tempos compostos da voz ativa acompanhados dos verbos ter e haver. Vejamos alguns exemplos:
- O Distrito Federal havia elegido três senadores.
- A empresa tinha elegido o diretor-geral para representá-la no comitê econômico.
- Os eleitores têm elegido candidatos despreparados.
Quando usar “eleito”?
Já o particípio irregular deve ser utilizado quando a locução verbal for formada pelos verbos ser e estar. Vamos conferir alguns casos dessa regra:
- Lula e Bolsonaro já foram eleitos para presidir o Brasil.
- Com essa quantidade de votos, o candidato estará eleito.
- Para ser eleito, o político precisa falar o que os eleitores querem ouvir.
Em geral, o particípio irregular é usado em frases na voz passiva.
Substantivo e adjetivo
De acordo com os ensinamentos das professoras Pilar Vázquez Cuesta e Maria Albertina Mendes da Luz, os particípios irregulares podem ser usados como adjetivo e substantivo. É o caso de eleito.
- O eleito tem direito de ocupar o cargo. (substantivo)
- O governador eleito irá discursar amanhã. (adjetivo)
Por fim, vale destacar que, nesses casos, é possível haver variação de gênero e de número. Veja:
- Os eleitos têm direito de ocupar o cargo. (substantivo)
- A governadora eleita irá discursar amanhã. (adjetivo)
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