Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

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Contação de histórias: papel no processo de aprendizado e como otimizar a prática

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A contação de histórias é uma das formas mais antigas e poderosas de transmitir conhecimentos, valores e emoções. Afinal, desde os tempos mais remotos, os seres humanos usam as histórias para se comunicar, se divertir, educar e se inspirar. 

Dentre outras coisas, as histórias estimulam a imaginação, a criatividade, atenção, expressão e empatia. Elas também contribuem para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita, da leitura e da interpretação de textos.

Na educação, a contação de histórias é uma estratégia pedagógica que pode ser utilizada em diferentes níveis e áreas de ensino. Desde a alfabetização até o ensino superior, passando pelo ensino fundamental e médio. A contação de histórias pode favorecer o aprendizado de conteúdos curriculares, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, a formação de valores éticos e morais, a construção da identidade cultural e a promoção da cidadania.

Por isso, hoje vamos apresentar algumas dicas interessantes para ajudar você a aprimorar essa arte milenar e transformadora. Leia até o fim e confira!

Contação de histórias

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Contar uma história é algo realmente poderoso. Afinal, não é à toa que o registro da evolução da humanidade pode ser observado e sentido por meio das histórias que se contam sobre ela. 

Segundo Malba Tahan (1961, p. 24), até nossos dias, todos os povos civilizados ou não, têm usado a história como veículo de verdades eternas, como meio de conservação de suas tradições, ou da difusão de ideias novas.

Sendo assim, contar histórias vai além de apenas passar informações, mas é também uma forma de eternizar a expressividade cultural. E para conseguir extrair o máximo de resultados da contação de histórias como prática pedagógica, é possível seguir algumas dicas.

Conheça o seu público

Antes de escolher e contar uma história, é importante conhecer o seu público: 

  • Quem são?
  • Quantos são?
  • Qual a faixa etária?
  • Quais os interesses, necessidades, dificuldades, expectativas e conhecimentos prévios que eles têm?

Essas informações vão ajudar você a selecionar as histórias mais adequadas, que sejam relevantes, significativas, desafiadoras e motivadoras para os seus ouvintes.

Além disso, é importante adaptar a linguagem, o vocabulário, o ritmo, o tom e o estilo da narrativa de acordo com o perfil do público. Por exemplo, se você for contar uma história para crianças pequenas, você pode usar uma linguagem mais simples, lúdica e repetitiva, com rimas, onomatopeias, gestos e sons. Agora, se a história for para adolescentes, é interessante utilizar uma linguagem mais informal, atual e provocativa, com humor, ironia, gírias e referências culturais.

Escolha com critério o material para contação de histórias

A escolha das histórias é um dos aspectos mais importantes da contação na educação. Assim, elas devem estar alinhadas com os objetivos pedagógicos, conteúdos curriculares, temas transversais e projetos educativos que você pretende trabalhar. Elas também devem ter uma estrutura clara, com começo, meio e fim, e uma mensagem central, que seja coerente, consistente e significativa.

As histórias devem ter personagens, cenários, conflitos e soluções que sejam interessantes, verossímeis e atraentes para os ouvintes. Também é importante que elas tenham um equilíbrio entre o real e o imaginário, o conhecido e o desconhecido, o simples e o complexo. Lembre-se de que elas devem provocar a curiosidade, a surpresa, a reflexão, a emoção e a ação dos ouvintes.

Prepare-se para contar a história

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Depois de escolher a história, é preciso se preparar para contá-la. Isso envolve ler, reler, estudar, compreender, interpretar, memorizar e ensaiar. Para contar com desenvoltura, você deve dominar o conteúdo, a estrutura, a linguagem e a mensagem da história. 

Dessa forma, mesmo que seja superficialmente, planeje como você vai iniciar, desenvolver e concluir a narrativa. Também é interessante ter uma espécie de script sobre como vai interagir com os ouvintes, usar os recursos expressivos e tecnológicos, e avaliar o resultado da contação.

Para isso, procure ensaiar a história algumas vezes, sozinho ou com a ajuda de alguém, se possível. Assim, é possível verificar o tempo, ritmo, entonação, postura, gestuário, etc.

É bom lembrar que você precisa estar preparado para improvisar, adaptar, modificar ou corrigir a história, caso seja necessário. Isso de acordo com o feedback dos ouvintes, situações imprevistas, erros ou dificuldades que possam surgir.

Use recursos expressivos e tecnológicos na contação de histórias

A contação de histórias pode ser enriquecida com o uso de recursos expressivos e tecnológicos, que ajudam a criar um clima e a estimular sensorialmente os ouvintes. A saber, esses recursos podem ser sonoros, visuais, táteis, olfativos, gustativos, etc. Também podem ser naturais, artificiais, tradicionais, modernos, etc.

Exemplos de recursos expressivos naturais são:

  • A voz;
  • O corpo;
  • O rosto;
  • O olhar;
  • Os gestos;
  • Movimento, etc. 

Dessa forma, você pode usar esses recursos para dar vida, personalidade, emoção, intenção, etc. aos personagens, cenários, situações e conflitos da história. 

Já os recursos tecnológicos podem ser:

  • Microfone;
  • Alto-falante;
  • Projetor;
  • Computador;
  • Celular;
  • Câmera;
  • Gravador;
  • Fone de ouvido, etc. 

Eles podem ser usados para ampliar e editar a voz, o som, a imagem, o vídeo da história. Assim, sua audiência pode escutar e compreender melhor a narrativa, o que contribui para a compreensão da história em um nível mais profundo.

Dica de recurso tecnológico para contação de histórias

Um recurso tecnológico que pode ser muito útil para a contação de histórias na educação é o CapCut Online, uma ferramenta online que permite editar vídeos de forma simples e rápida, sem precisar baixar ou instalar nenhum programa. 

Com esse editor de vídeo online, você pode criar vídeos impressionantes para contar histórias de forma criativa e envolvente. Entre outras coisas, é possível usar o CapCut Online para cortar, redimensionar, girar, inverter, acelerar, desacelerar, mesclar, dividir, recortar, etc. os seus vídeos. 

Você também pode usar o CapCut Online para adicionar filtros, efeitos, transições, textos, músicas, efeitos sonoros e muito mais. Aliás, ele também permite remover o fundo do vídeo, converter texto em voz e voz em texto, traduzir o vídeo, etc. E o melhor é que CapCut Online é uma ferramenta gratuita, fácil de usar e você nem precisa baixar nada.

Portanto, esse é um recurso tecnológico muito interessante.

Agora que você já sabe como a contação de histórias pode ser poderosa no processo de aprendizado, coloque essas dicas em prática e eleve essa técnica milenar a um novo patamar!

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Como funciona a avaliação de leitura no PISA?

O PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) é um exame elaborado por especialistas da Educação do mundo todo e aplicado aos estudantes na faixa etária de 15 anos. O objetivo dessa avaliação é analisar se os alunos estão, de fato, aprendendo o conteúdo oferecido na escola. 

Nesse sentido, as avaliações do PISA são distribuídas às escolas participantes –  federais, estaduais, municipais ou privadas –  em uma amostragem composta por três áreas: Leitura, Matemática e Ciências, com um foco maior em uma delas em cada edição. 

No entanto, algo que chama a atenção é a questão da leitura. Isso porque se trata de um conhecimento que é base para as demais áreas. Por isso, neste artigo, vamos detalhar como funciona a avaliação de leitura no PISA. 

Detalhes sobre a avaliação de leitura no PISA

Antes de entendermos como funciona a avaliação de leitura no PISA, é importante destacar que os elementos avaliados, em sua maioria, fazem parte do currículo escolar. Entretanto, a prova visa ir além, analisando a capacidade dos alunos em raciocinar e refletir sobre as experiências e conhecimentos que serão usados durante a vida.

Neste contexto, a leitura ocupa um espaço significativo, isso porque, a partir dela, é possível constatar se os discentes conseguem entender um texto em sua totalidade. Em outras palavras, o PISA avalia qual o grau de compreensão de um aluno ao ler um artigo. Essa compreensão ocorre usando o conhecimento prévio, juntamente com a temática abordada no conteúdo.

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Escrita espontânea: o que é e como promover?

A escrita espontânea pode ser definida como uma escrita livre. Em outras palavras, trata-se de uma abordagem na qual a criança em fase de alfabetização tem a liberdade para escrever sem medo de errar. 

No entanto, muito se engana quem acredita que não há objetivo pedagógico nesse tipo de escrita. Embora seja um tipo de produção natural, ela auxilia as crianças durante o processo de aprendizado do código linguístico. Se você deseja saber mais sobre o assunto, continue a leitura deste artigo!

Escrita espontânea: o que é e como promovê-la?

O que é escrita espontânea e como identificá-la?

A escrita espontânea é uma atividade pedagógica que segue a BNCC e que pode ser definida como toda produção gráfica realizada pela criança em processo de alfabetização. Nesse sentido, ela é considerada uma atividade fundamental para auxiliar no entendimento de grafemas (letras) e fonemas (sons) das palavras escritas. 

Quando uma criança tem a ação de escrever, embora ainda não compreenda o princípio alfabético, identificamos a escrita espontânea pela forma como ela escolhe as letras e como as ordena, sem nenhum tipo de regra.

Além disso, é comum nos depararmos com alunos fazendo bolinhas ou usando apenas as letras do nome para escrever uma palavra ou frase.

Ao pensarmos na Língua Portuguesa, é fato que essas produções não estão totalmente corretas. Entretanto, usar o conhecimento prévio para a construção de palavras e frases é a forma mais simples de as crianças compreenderem a natureza escrita.

Neste contexto, é importante que não haja exigências na escrita espontânea para que o aluno se expresse da maneira que compreende esse universo. 

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Alfabetização de jovens e adultos: estratégias e particularidades

Embora tenham o mesmo propósito de ensino, o processo de alfabetização de jovens e adultos difere do das crianças. Isso porque são duas realidades distintas que precisam de metodologias, técnicas e materiais diferentes para o cumprimento de seus objetivos. 

A alfabetização de jovens e adultos também tem como base as práticas de leitura e escrita usadas para as crianças da Educação Infantil e primeiras séries do Ensino Fundamental. No entanto, quando falamos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), nos referimos a um público que necessita de outras estratégias e particularidades. 

Ainda que o Ministério da Educação (MEC) disponibilize materiais para o Ensino de Jovens e Adultos, é comum que professores utilizem os livros infantis para tal feito. Em razão disso, há um enorme índice de adultos que não conseguem avançar em seus estudos e optam por deixar a escola, pois se desmotivam por se sentirem fora de sua realidade diária.

Neste artigo, discutiremos sobre a temática e as estratégias e particularidades da alfabetização de jovens e adultos. Acompanhe!

Particularidades da alfabetização de jovens e adultos

Entenda os desafios e particularidades da alfabetização de jovens e adultos.

O processo de alfabetização tem mais chances de sucesso quando aplicado conforme a realidade dos alunos. Neste contexto, tanto as crianças quanto os adultos aprendem melhor quando percebem que o ensino está diretamente associado ao seu cotidiano. Em outras palavras, ensinar os jovens e adultos por meio de brincadeiras lúdicas e frases infantis não é o caminho ideal.  

Paulo Freire (1921-1927), foi um defensor dessa lógica. Por intermédio do Método Paulo Freire, o educador brasileiro desenvolveu uma estratégia de ensino para adultos baseada nas experiências de vida desses alunos. Nesse sentido, ao invés de alfabetizar da forma tradicional, com cartilhas e frases como “o bebê baba”, ele usava “palavras geradoras”, isto é, que faziam parte da realidade do indivíduo. 

Assim, caso o aluno fosse um agricultor, ele era alfabetizado com palavras do seu dia a dia, como, por exemplo: “enxada”, “colheita”, “cana” e assim por diante. Desse modo, quando essas palavras eram aprendidas, novas eram inseridas, ampliando, gradativamente, o vocabulário dos estudantes. 

É importante destacar que o Método Paulo Freire não só trouxe bons resultados no passado, como ainda é aplicado em diversas instituições de ensino. Isso se deve ao fato de que a trajetória de vida, as necessidades e a visão dos alunos precisam ser consideradas para uma metodologia de ensino adequada. 

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Sala de aula invertida na alfabetização: como e quando usar?

Trabalhar com a sala de aula invertida na alfabetização é uma das estratégias usadas no campo das metodologias ativas. Em outras palavras, trata-se de uma experiência na qual os alunos se tornam protagonistas no processo de ensino-aprendizagem. 

Não é surpresa para ninguém que as abordagens em sala de aula tenham se modificado ao longo do tempo. Isso porque é necessário que as instituições de ensino se adequem ao contexto atual dos estudantes. 

Essas mudanças incluem, principalmente, a utilização da tecnologia e a implementação de ferramentas digitais, que transformam o ritmo da vida de toda a comunidade escolar e impactam na forma como os alunos aprendem e os professores ensinam.

Nesse cenário, é necessário criatividade e inovação para que as aulas se tornem mais dinâmicas. Neste cenário, entra a sala de aula invertida, que estimula a autonomia e a interação dos alunos com os conteúdos ensinados. Neste artigo, vamos detalhar melhor esse tema. Confira!

5 dicas de como usar sala de aula invertida na alfabetização

O que é e como funciona a sala de aula invertida?

A sala de aula invertida é o conceito que altera a dinâmica convencional de ensino. Isso significa que, nela, o professor atua como mediador, enquanto os alunos assumem o protagonismo na aquisição de conhecimento. Para sermos mais específicos, a sala de aula invertida funciona como uma espécie de modelo híbrido de ensino, no qual se combinam a aprendizagem física e a virtual. 

Assim, os alunos estudam a parte teórica das disciplinas em casa, por meio de plataformas tecnológicas, com prévia orientação do professor e supervisão dos pais. Já no espaço escolar, são realizadas discussões e atividades práticas sobre os assuntos abordados, à medida que os estudantes trazem seus estudos e descobertas para a sala de aula. 

Dessa forma, há um primeiro contato com a matéria, ao realizar consultas e pesquisas de forma autônoma, e o aprofundamento do tema em classe, junto com o professor e  com os colegas. Em outras palavras, a sala de aula se torna um ambiente de aprendizagem ativa, e o professor um mediador do processo de aprendizagem, e não apenas o transmissor de conteúdo. 

Mas como usar a sala de aula invertida na alfabetização? Na Educação Infantil, as crianças ainda não possuem autonomia suficiente para utilizar a internet e a maioria também não sabe ler e escrever. Então, como essa dinâmica é possível?

Antes de tudo, é preciso entender que essa estratégia não se trata simplesmente de repassar conteúdos para os estudantes pesquisarem nos buscadores e anotarem suas percepções. A sala de aula invertida é uma maneira de tornar o processo de ensino multidirecional, isto é, promovendo diversas experiências ao mesmo tempo. 

No caso das crianças em fase de alfabetização, a sala de aula invertida é uma excelente forma de potencializar o processo de aprendizagem da leitura e da escrita. Isso porque, além de aproveitarem mais as reflexões em sala de aula, ainda aprimoram o conhecimento em casa. A seguir, veremos como usar a sala de aula invertida na alfabetização!

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Cultura dos povos indígenas na alfabetização: como abordar?

A população indígena do Brasil conta com mais de 1,6 milhão de pessoas. Esse grupo se divide em mais de 300 etnias distintas e falam mais de 270 línguas. Toda essa diversidade dá origem a uma das ricas culturas indígenas de todo o mundo.  

Neste contexto, o questionamento de como abordar a cultura dos povos indígenas na alfabetização tem sido frequentemente levantado. Isso porque é importante que as crianças conheçam o processo de construção de uma nação, para entender e absorver todo o legado trazido pelos povos originários. 

Este tipo de aprendizado deve ser atrelado a dinâmicas infantis e tratado por meio de temas que sejam pertinentes para a faixa etária, permitindo que os alunos não apenas compreendam, como também se sintam atraídos pelo assunto. 

Pensando em ajudar os professores com uma exploração abrangente sobre a cultura dos povos indígenas na alfabetização, neste artigo, você confere propostas de atividades que irão auxiliar nessa abordagem. Acompanhe!

Como abordar a cultura dos povos indígenas na alfabetização?

Qual a importância de abordar a cultura dos povos indígenas na alfabetização e no letramento?

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) inclui componentes curriculares e habilidades a serem desenvolvidos para que os alunos aprendam sobre a cultura dos povos indígenas e respeitem as diferenças desde pequenos. Essa premissa está diretamente ligada à promoção da diversidade cultural e ao desenvolvimento das competências socioemocionais.

Nesse sentido, trabalhar a cultura indígena no processo de alfabetização permite enriquecer a visão de mundo dos estudantes, ampliando seu repertório de referências socioculturais. Dessa forma, as crianças já iniciam seu processo de letramento.

Vale destacar que é o letramento que dá à leitura e à escrita uma função social e, portanto, contribui para o desenvolvimento da capacidade de reflexão e de contextualização sociais. Assim, o processo de alfabetização ocorre de forma mais integrada com as vivências dos estudantes e contribui para formá-los como cidadãos mais conscientes.

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5 sugestões de atividades para desenvolver a oralidade

O ato de alfabetizar vai muito além de apenas ensinar uma criança a ler e a escrever. A alfabetização precisa ser um processo no qual o aluno tenha prazer na leitura e na escrita. Em outras palavras, muito mais que decodificar símbolos e códigos, é preciso interpretar significados e realizar leituras críticas. 

Quando falamos em alfabetização, não podemos deixar de mencionar o desenvolvimento da oralidade. Isso porque a expressão oral é um dos principais elementos para uma boa escrita, organização de ideias e exposição de diferentes pontos de vista. Em outras palavras, o texto falado é o primeiro passo para o alcance do texto escrito. 

Neste contexto, são diversas dinâmicas que podem ser usadas como facilitadoras em sala de aula. E, neste artigo, você conhecerá 5 sugestões de atividades para desenvolver a oralidade. Vamos lá?

O que é oralidade?

Antes de avançarmos, é importante definir o conceito de oralidade. 

De acordo com o Glossário CEALE – termos de Alfabetização, Leitura e Escrita para educadores da Universidade Federal de Minas Gerais:

A noção de oralidade está estreitamente relacionada ao uso da modalidade oral da língua em práticas sociais e discursivas, tanto no que se refere à sua produção, quanto no que diz respeito à sua escuta. Envolve a ação de linguagem de sujeitos ativos e responsivos em contextos interacionais diversos (públicos ou privados) e registros de linguagem variados (formais ou informais).

Por que é importante desenvolver a oralidade?

Desenvolver a oralidade é importante por diversos motivos. O primeiro é que a alfabetização começa em casa, por meio dos sentidos. Assim, as crianças têm contato com o mundo que as cerca através da visão, audição, olfato, tato e paladar. Dessa forma, elas ficam cada vez mais instigadas em conhecer sons, cores, sabores, texturas e assim por diante.

Assim, ao explorar os sentidos, é evidente que a oralidade deva estar presente, pois os pequenos têm a necessidade de expressar o que viram, o que desejam, o que gostam ou não. Além disso, precisam demonstrar suas emoções e opiniões diante do novo universo. 

O segundo ponto é que a oralidade deve ser desenvolvida também para auxiliar nas práticas de leitura e escrita. Isso porque as crianças devem aprender o uso da língua em suas diferentes formas, entendendo como se escrevem, bem como se pronunciam determinadas palavras.

Outro ponto que podemos destacar ainda é que o desenvolvimento da oralidade é importante para a vivência do aluno como um todo. Isso significa que aprender a se expressar fará diferença não somente na escola, mas em todas as experiências que ele terá na vida. 

Tendo esses pontos como referência, confira as sugestões de atividades para desenvolver a oralidade.

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Consolidação de aprendizagem na alfabetização: como fazer?

A consolidação da aprendizagem ocorre quando o estudante internaliza e compreende determinado conteúdo. Esse processo é fundamental em todos os níveis de ensino, mas é mais relevante ainda quando falamos de Educação Infantil.

Por isso, neste artigo, você descobrirá como consolidar a aprendizagem na etapa de alfabetização. Em outras palavras, vai entender de que forma é possível fixar os conteúdos ensinados na mente das crianças. Acompanhe!

Como saber se houve consolidação de aprendizagem na alfabetização?

Estar alfabetizado não significa apenas saber ler e escrever. O aluno, durante o processo de alfabetização, aprende também a escrita dos mais diferentes tipos e gêneros textuais, além de sua interpretação. Isso porque é comum que uma criança saiba escrever palavras, mas não entenda o seu contexto, bem como que saiba ler, mas não compreenda o que o texto diz.

É justamente nesse cenário que entra a consolidação da aprendizagem, ou seja, os professores precisam trilhar alguns caminhos para, enfim, concluir o processo de alfabetização com a certeza do êxito. Vale dizer que tudo aquilo que é ensinado, especialmente para a Educação Infantil e primeiros anos do Ensino Fundamental, deve ser feito por etapas. Assim, as turmas avançam de nível de complexidade conforme demonstram evolução.

Vejamos a seguir o passo a passo de como consolidar a aprendizagem na alfabetização!

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Carnaval: como usar marchinhas na alfabetização?

A tradicional e popular comemoração de Carnaval é celebrada em diversos lugares do mundo, sendo o Brasil um dos principais países a realizar a celebração. As tão conhecidas marchinhas que encantam adultos e crianças estão sendo cada vez mais usadas em atividades pedagógicas para as crianças, especialmente na Educação Infantil. 

Mas e você, sabe como usar marchinhas na alfabetização? Acompanhe o artigo para descobrir!

Por que usar marchinhas na alfabetização?

Como usar marchinhas de Carnaval na alfabetização?

Antes de falarmos sobre o uso das marchinhas em si, é fundamental destacar que o “aprender brincando” é uma tese defendida por diversos educadores. Vygotsky (1992) e Piaget (1974), por exemplo, reforçavam que as crianças desenvolviam melhor as suas habilidades cognitivas quando aprendiam por meio de jogos e brincadeiras. 

Nesse cenário, trazer o Carnaval para o universo da alfabetização é essencial para o alcance de bons resultados no que diz respeito à leitura e à escrita. Em outras palavras, quando as crianças aprendem a cantar marchinhas, elas não precisam pensar no que escrever, e sim em como escrever as palavras já decoradas, promovendo um extenso valor pedagógico. 

Isso significa que, quando os alunos trabalham com textos já decorados, conseguem refletir melhor sobre o processo da escrita, pois trabalham com um vocabulário que lhes é familiar. Em outras palavras, associam e compreendem mais claramente as letras, as palavras e a ordem em que elas aparecem. Esse tipo de exercício auxilia no avanço de suas hipóteses de leitura e escrita, fazendo com que haja melhoria no processo de alfabetização. 

Vale dizer que, além das marchinhas de Carnaval, trabalhar o desenvolvimento da escrita a partir dos textos que os alunos já conhecem é uma grande estratégia para um maior aprendizado. 

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Sequências didáticas na alfabetização: como organizar?

Se você é professor ou estudante, com toda a certeza, já deve ter aplicado ou assistido a uma aula que não prendeu a atenção dos alunos, não é mesmo? Isso é algo muito comum, especialmente na Educação Básica, quando a escola segue os métodos tradicionais e expositivos de ensino. 

Uma forma de mudar essa realidade, é colocando em prática um planejamento escolar que estruture os conteúdos aplicados por bimestres e semestres. Esse tipo de estratégia é chamada de sequência didática. Ela tende a apresentar resultados positivos, principalmente na alfabetização das crianças. 

As sequências didáticas auxiliam na aplicação de um conteúdo eficiente e interessante, fazendo com os que os alunos se conectem com a matéria. Esse método é composto por um planejamento feito por meio de um guia de aulas, no qual o professor consegue acompanhar se os estudantes estão, de fato, assimilando os conteúdos. 

A preocupação com os métodos de ensino é o que move os estudos na área educacional, principalmente no que tange a Educação Básica e a alfabetização. Nesse contexto, a sequência didática aparece como uma estratégia eficaz. No entanto, é preciso entender como organizar sequências didáticas na alfabetização. Com esse objetivo, neste artigo, falaremos em detalhes sobre este tema. Acompanhe!

Afinal, o que são sequências didáticas?

As sequências didáticas fazem parte da estratégia educacional que visa auxiliar os alunos com as suas dificuldades nos mais diferentes temas e disciplinas. Seus resultados aparecem quando os conteúdos, antes de serem aplicados, são planejados e executados seguindo um período pré-determinado. 

Em outras palavras, o professor deve definir um ponto de partida e um de chegada para a aplicação desse método. Esse período de tempo pode variar conforme o tema e as necessidades de cada turma. No entanto, para as sequências didáticas serem bem sucedidas, é preciso considerar os conhecimentos prévios dos alunos, compreender suas dificuldades e relacionar as atividades com o cotidiano de cada um deles. 

O diferencial dessa estratégia é a elaboração de conteúdos sequenciais que auxiliam na participação dos alunos nas atividades propostas, ampliando assim o aprendizado em sua totalidade.  

A seguir, você confere como organizar sequências didáticas na alfabetização

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