Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

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Mega-sena ou Megassena: qual a forma correta?

Apesar de ir contra as autais regras da língua portugesa, a forma correta é “mega-sena”, com hífen. Neste artigo, vamos explicar por que “megassena” não está correto. Confira!

Mega-sena ou megassena: qual a forma correta?

Acordo Ortográfico

A Reforma Ortográfica definiu que, em palavras compostas, se o primeiro elemento terminar com vogal e o segundo elemento iniciar com “s”, devemos escrevê-las sem hífen e dobrar essa consoante.

Para entender melhor, vamos ver alguns exemplos:

  • Antissocial;
  • Autossuficiente;
  • Megassistema;
  • Ultrassom.

Opa! Mas por essas regras a forma correta não seria “megassena”? Sim, seria. Contudo, há uma questão temporal que influenciou a grafia da palavra. Vejamos!

Mega-Sena: por que tem hífen?

O nome Mega-Sena foi criado pela Caixa Econômica Federal (CEF) no ano de 1996, ou seja, antes da entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico.

Com o passar do tempo, ela se tornou a maior modalidade lotérica do Brasil. Por essa razão, a Caixa decidiu não alterar a grafia da palavra, pois a marca ficou muito conhecida em todo o país.

Vale dizer que, por ser um substantivo próprio, que dá nome a um determinado produto, não há obrigatoriedade de que o termo siga à risca as regras ortográficas vigentes.

Portanto, para resumir, o hífen na expressão Mega-Sena deve-se mais a uma decisão institucional do que linguística.

O que é a Mega-Sena?

Trata-se de uma modalidade de loteria que consiste na escolha de seis números (daí o nome “sena”). Apesar de as maiores quantias serem pagas aos que acertam todos os números, também são distribuídos prêmios para quem acerta quatro (quadra) ou cinco (quina) números.

Para quem faz apenas um jogo, a chance de acertar todos os números, segundo a Caixa Econômica Federal é de 1 em 50.063.860. À medida que aumenta a quantidade de jogos, essas chances também se apliam.

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Transitividade verbal: o que é, direta, indireta e outras

A transitividade verbal indica a relação do verbo transitivo com os seus complementos. Isso porque, quando o verbo transitivo está sozinho, ele não possui um sentido completo, necessitando da transição para um determinado elemento que o complemente. 

Neste artigo, você vai aprender a diferenciar os conceitos de verbo é transitivo direto, indireto, bitransitivo e intransitivo por meio de exemplos. Acompanhe a leitura e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto!

Transitividade verbal: guia completo com exercícios comentados.

O que é transitividade verbal?

Como dito anteriormente, a transitividade verbal é a ligação que um verbo transitivo tem com o seu objeto. Em outras palavras, trata-se da forma como um verbo é regido para ter conexão com o seu complemento. 

Para você entender melhor, acompanhe o exemplo a seguir:

  • A Luísa não quer.

Ao ler a frase acima, não é possível entender o que a Luísa não quer. Isso porque o verbo “querer” necessita de um complemento, ou seja, de um objeto para ganhar sentido. Logo, ele é um verbo transitivo. Veja um novo exemplo:

  • A Luísa não quer pão.

Agora, a oração está completa e conseguimos entender o seu contexto. Melhor dizendo, o verbo transitivo apresenta o seu objeto, o “pão”. Assim, para identificar a transitividade verbal, é necessário entender que ela está associada a uma transmissão do sentido de ação do verbo com o seu objeto. 

Além disso, conforme o tipo de complemento, a classificação dos verbos também muda, podendo ser:

  • verbo transitivo direto (VTD);
  • verbo transitivo indireto (VTI);
  • verbo transitivo direto e indireto (VTDI);
  • verbo intransitivo (VI).

No tópico abaixo, falaremos sobre cada uma delas em detalhes. 

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Habituar-se a x Habituar-se com: qual a forma correta?

A forma correta é “habituar-se a“. A construção “habituar-se com” está errada e não deve ser utilizada. Neste artigo, vamos explicar as razões. Confira!

Habituar-se a x Habituar-se com: qual a forma correta?

Gramática normativa

De acordo com José Carlos de Azeredo, na “Gramática Houaiss”, o verbo habituar-se, no sentido de acostumar-se, exige o uso da preposição “a”. Vejamos alguns exmeplos:

  • Apesar de morar na cidade há mais de 10 anos, Giovane ainda não se habituou ao frio de Porto Alegre. (CORRETO)
  • Apesar de morar na cidade há mais de 10 anos, Giovane ainda não se habituou com frio de Porto Alegre. (ERRADO)
  • Para resolver questões complexas é preciso se habituar à linguagem matemática. (CORRETO)
  • Para resolver questões complexas é preciso se habituar com a linguagem matemática. (ERRADO)
  • Eu ainda não me habituei à nova rotina. (CORRETO)
  • Eu ainda não me habituei com a nova rotina. (ERRADO)
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Tem vírgula na expressão “entendedores entenderão”?

Não devemos utilizar a vírgula na expressão “entendedores entenderão”. Neste artigo, vamos explicar o motivo do não uso do sinal de pontuação. Confira!

Sujeito e predicado

De acordo com os gramáticos Celso Cunha e Lindley Cintra, a vírgula não deve ser usada para separar sujeito e predicado, porque esses elementos são, em regra, inseparáveis na estrutura da oração.

É o que acontece na frase “entendedores entenderão”. Nela o termo “entendedores” funcionam como sujeito da forma verbal “entenderão”. Assim, esses vocábulos não podem ser separados com sinais de pontuação.

Qual o significado da expressão “entendedores entenderão”?

A expressão é utilizada usualmente na internet para dizer que só quem conhece determinado assunto – ou é muito esperto – vai compreender determinado tópico.

Vale ressaltar, porém, que se trata de uma construção coloquial, que não deve ser utilizada em textos que demandam mais formalidade, como redações de vestibulares, e-mails corporativos, memorandos, etc.

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Trovadorismo – o que é, autores, obras e contexto histórico

Marcado pela produção de cantigas líricas, o Trovadorismo é considerado o primeiro movimento literário europeu. Suas produções são um composto de música e poesia, com cantigas divididas em temas que falam de amor, amizade, zombaria e depreciação. 

Esse movimento literário e poético ocorreu somente na Europa, especialmente na França, Espanha e Portugal, e registrou escritos entre os séculos XI e XIV. Para saber seu conceito e características, continue a leitura deste artigo. 

Trovadorismo: característica do movimento literário

Qual o conceito do Trovadorismo?

O conceito do Trovadorismo teve origem no Sudeste da Europa, durante a Idade Média, a  partir do termo “trovador”, o qual significa: “cantor e compositor de cantigas”. 

As cantigas, principais produções literárias da Península Ibérica, eram cantadas com o auxílio de instrumentos musicais. Assim, claramente, se espelhavam na poesia lírica grega, tornando-se a base desse movimento. 

Confira no vídeo abaixo a declamação de uma cantiga do tempo do Trovadorismo:

Contexto histórico do Trovadorismo

Como dito anteriormente, o Trovadorismo iniciou-se na Idade Média, por volta dos séculos XI e XII. Nesse período, os países europeus estavam em formação e a sociedade medieval estava fragmentada entre clero, nobreza e povo. Além disso, a maior parte das nações tinha o Feudalismo como abordagem vigente, e a Igreja Católica como denominação religiosa.

Nesse cenário, o teocentrismo prevalecia. Assim, entendia-se Deus como centro do mundo e o homem como personagem secundário submetido aos valores cristãos. Nesse sentido, era a igreja que ditava os valores e influenciava no pensamento e comportamento humano.  Inclusive, somente os fiéis tinham acesso à educação. 

A Europa se mantinha em uma guerra entre os cristãos e os muçulmanos e o Tribunal do Santo Ofício tinha a tortura e à fogueira como prática aos que não seguiam a igreja.

Quais as características do Trovadorismo?

As características do Trovadorismo são:

  • conexão da música com a poesia;
  • recitais acompanhados de instrumentos musicais;
  • produção de cantigas líricas ou satíricas;
  • temas de amor, amizade, zombaria e depreciação;
  • escritos com referências de submissão e fidelidade amorosa;
  • produção de textos em prosa.

Cantigas do Trovadorismo

As cantigas do Trovadorismo podem ser divididas em líricas e satíricas. Veja abaixo, alguns exemplos. 

Cantigas líricas

No grupo das cantigas líricas, há temas de amor e amizade. Ambos possuem a manifestação de sentimento do sujeito lírico como característica principal. No entanto, há algumas diferenças nas cantigas de amor e amigo. Observe:

Cantigas de amor

  • o eu lírico é sempre masculino;
  • o trovador fala sobre o amor não correspondido;
  • a mulher é tratada como superior, por meio de adjetivos como “senhora” ou “dama”;
  • a maioria das cantigas apresenta refrão;
  • o trovador está sempre enlouquecido por amor;
  • a mulher é vista como figura idealizada;
  • as poesias são compostas em redondilha maior (possuem 7 sílabas poéticas).
Exemplo de cantiga de amor do Trovadorismo
Fonte da imagem

Cantigas de amigo

  • o eu lírico é sempre feminino;
  • o trovador é um homem que cria um eu lírico feminino;
  • o tema é a relação amorosa entre duas pessoas do campo;
  • a mulher fala sobre sentir saudades em decorrência da ausência do homem (namorado ou amante);
  • todas as cantigas apresentam refrão;
  • o cenário é sempre um ambiente do campo;
  • além da mulher e seu amigo, outras pessoas podem aparecer nos versos;
  • as poesias são compostas em redondilha menor (possuem 5 sílabas poéticas).
Exemplo de cantiga de amigo doi Trovadorismo
Fonte da imagem

Cantigas satíricas

As cantigas satíricas, por sua vez, trazem um tom de crítica social. Criadas por trovadores que não pertenciam à nobreza e até mesmo por membros da igreja. Os versos zombavam das regras do tempo. 

No entanto, embora muito semelhantes, as cantigas satíricas eram divididas também em dois grupos: temas de escárnio e de maldizer. Conheça abaixo as diferenças sutis entre elas:

Cantigas de escárnio

  • diversas críticas ao comportamento social;
  • termos de duplo sentido;
  • presença de trocadilhos e ironias;
  • textos sem palavrões;
  • não há menção a pessoa ofendida.
Exemplo de cantiga satírica do Trovadorismo
Fonte da imagem

Cantigas de maldizer 

  • críticas feitas a pessoas identificadas;
  • termos de duplo sentido;
  • presença de linguagem ofensiva e palavrões.
Exemplo de cantiga de maldizer do Trovadorismo
Fonte da imagem

Trovadorismo em Portugal

O Trovadorismo em Portugal teve destaque nos séculos XII e XIII, declinando no século XIV. Assim, o movimento se iniciou com a obra “Cantiga da Ribeirinha” do trovador Paio Soares de Taveirós, escrita para Maria Pais Ribeiro. 

É válido dizer que a literatura portuguesa do século XII não dispunha de nenhuma identidade nacional. Isso porque o território era parte do Condado Portucalense e Galícia. Foi D. Afonso I Henriques quem transformou tais condados em um reinado, embora só tenha sido reconhecido como monarca após reconquistar essas terras posteriormente.

Devido a este fato, a identidade dos trovadores era ibérica e hispânica, e não portuguesa. Somente no final do século XII que Dom Dinis I, rei trovador, estabeleceu a língua galego-portuguesa como oficial. O movimento foi essencial para o idioma e a cultura do lugar. 

Principais autores do trovadorismo em Portugal

Além de Paio Soares de Taveirós, primeiro trovador, e D. Dinis, grande impulsionador do movimento, com 140 cantigas líricas e satíricas, houve outros trovadores em Portugal, dentre eles:

  • João Soares Paiva;
  • João Garcia de Guilhade;
  • Martim Codax;
  • Aires Teles;
  • Afonso Sanches;
  • Ricardo Coração de Leão.

As cantigas do Trovadorismo podem ser encontradas em compilações denominadas de “Cancioneiros”. 

Questão sobre Trovadorismo

Para fechar o artigo, vamos ver como esse movimento é cobrado em provas de vestibulares. Para isso, vamos analisar uma questão da Universidade Estadual de Goiás:

Leia os textos a seguir e responda a questão:

Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.

Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
para o meu mal e meu quebranto!
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante.

De vossa grande beleza
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.

Rei D. Dinis

CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores
galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e
adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978.
p. 253.

Quem te viu, quem te vê

Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[…]

Chico Buarque

A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:

a) a vassalagem do trovador diante da mulher amada que se encontra distante.
b) a idealização da mulher como símbolo de um amor profundo e universal.
c) a personificação do samba como um ser que busca a plenitude amorosa.
d) a possibilidade de realização afetiva do trovador em razão de estar próximo da pessoa amada.

Resposta: Letra A. Como vimos no artigo, uma das principais características do Trovadorismo eram os escritos com referências de submissão e fidelidade amorosa. É exatamente o que vemos no dois textos, um homem se colocando como vassalo de sua amada.

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Artigo de opinião: características e questões sobre esse gênero textual

O artigo de opinião é um gênero argumentativo, muito encontrado em jornais, revistas e blogs. Normalmente, o autor desse tipo de texto é um jornalista ou uma figura pública com autoridade no assunto abordado. No entanto, alguns vestibulares também solicitam a produção desse gênero textual. 

Esse tipo de texto tem o objetivo de apresentar um determinado ponto de vista a respeito de algum assunto relevante. Em outras palavras, o artigo de opinião é motivado geralmente por um acontecimento ou notícia atual de interesse da sociedade. 

Assim, o autor do texto se baseia na discussão, validando a sua opinião por meio de um artigo, com teor subjetivo. Continue a leitura, para saber mais sobre esse assunto. 

Artigo de opinião: estrutura do gênero textual e questões do Enem

O que é um artigo de opinião?

Como dissemos anteriormente, o artigo de opinião é um texto que defende determinado ponto de vista, por intermédio da argumentação. Normalmente publicado em veículos informativos digitais ou impressos, o gênero aborda temas de interesse social. 

Entretanto, por se tratar de uma opinião pessoal do autor, nem sempre o texto reflete o ponto de vista do veículo que o publicou. Inclusive, o maior objetivo é, exatamente, provocar um debate sobre um tema específico. 

Assim, também chamado de articulista, o autor deve usar recursos argumentativos que visam persuadir e convencer o leitor sobre as suas convicções. Contudo, para isso, também é válido apostar na inserção de dados e informações que justifiquem a sua concepção sobre o assunto.  

Quais são as características do artigo de opinião?

Por se tratar de um texto de gênero argumentativo e jornalístico, o artigo de opinião apresenta as seguintes características:

  • uso de linguagem acessível a todos;
  • voz ativa;
  • escrita leve e coerente;
  • linguagem argumentativa e subjetiva;
  • ausência de gírias e palavrões;
  • períodos curtos;
  • argumentação persuasiva com base em evidências;
  • temas atuais e de relevância social;
  • títulos provocativos;
  • escrita em 1ª ou 3ª pessoa;
  • assinatura do autor. 

Qual a estrutura do artigo de opinião?

A estrutura do artigo de opinião é feita da seguinte maneira:

  • título;
  • introdução;
  • desenvolvimento;
  • conclusão.

Essa é a estrutura padrão dos textos dissertativo-argumentativos. Nesse sentido, para escrever um artigo de opinião é preciso respeitar essa lógica, expondo os argumentos e fornecendo dados para convencer o leitor sobre a opinião acerca do assunto. 

Exemplo de artigo de opinião

Vamos conferir agora um exemplo de artigo de opinião com a estrutura acima.  Vejamos primeiro a estrutura da introdução do texto.

Introdução

Exemplo de introdução de artigo de opinião

Na imagem acima, é possível notar que há um título: “De olho nos falsos médicos”, e que o autor fez uma breve introdução apresentando o assunto abordado. Além disso, ele também inseriu dados que comprovam o fato, ao citar o número de denúncias feito ao Cremers – Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul. 

Nem todos os artigos de opinião possuem apenas um parágrafo de introdução ao tema. No entanto, em caso de redações para vestibulares essa é a melhor maneira de respeitar o limite de linhas. 

Desenvolvimento

Pois bem, vamos analisar agora o desenvolvimento do texto:

Exemplo de desenvolvimento de artigo de opinião

No desenvolvimento do texto, encontramos a argumentação que defende o ponto de vista de que há médicos falsos exercendo a medicina. O autor em questão, usou dois parágrafos.  O primeiro apresentava a fundamentação e o segundo, a análise do fundamento. 

Em outras palavras, no primeiro ele apresentou um fato: “uma mulher foi presa em flagrante, com um diploma falso”, informação essa que embasa a sua opinião. Já no segundo parágrafo, ele faz uma análise mais profunda dos dados, ao dizer que: “foram identificados mais nove diplomas falsos da mesma universidade”. Ou seja, ele fundamenta a tese que defende sobre a atuação de falsos médicos. 

É importante destacar que todas as informações usadas são verídicas. Isso significa que ele utilizou dados reais para comprovar a sua teoria. Isso é fundamental e, do contrário, o texto não teria relevância alguma. 

Conclusão

Agora, vamos observar a conclusão:

Exemplo de conclusão de artigo de opinião

O ideal é que a conclusão de um artigo de opinião apresente um resumo do desenvolvimento e renove o ponto de vista do autor. Assim, é perceptível que o criador do texto acima, repetiu os argumentos e reteve a sua opinião: “Não podemos, de forma alguma, permitir que pessoas não capacitadas lidem com vidas humanas”.

Como fazer um artigo de opinião?

Como visto no exemplo acima, para fazer um artigo de opinião, é preciso:

  • definir o tema a ser abordado (no caso dos vestibulares, o tema é previamente definido);
  • buscar por referências que comprovem a sua tese;
  • usar um título provocativo e/ou polêmico;
  • contextualizar o tema na introdução e suas perspectivas já na introdução;
  • construir suas argumentações no desenvolvimento, de forma organizada, persuadindo o leitor;
  • resumir o tema, reiterando o seu ponto de vista na conclusão, apontando caminhos para a solução dos problemas ou deixando uma reflexão final. 

Questões do Enem sobre artigo de opinião

O Enem costuma cobrar o conhecimento sobre o gênero artigo de opinião de forma mais indireta. Em geral, as questões pedem, principalmente, que você identifique a tese que o autor do artigo está defendendo e também seus principais argumentos. Vejamos alguns exemplos.

Exemplo de questão 1

Devagar, devagarinho

Desacelerar é preciso. Acelerar não é  preciso. Afobados e voltados para o próprio umbigo, operamos, automatizados, falas robóticas e silêncios glaciais. Ilustra bem esse estado de espírito a música Sinal fechado (1969), de Paulinho de Viola. Trata-se da história de dois sujeitos que se encontram inesperadamente em um sinal de trânsito. A conversa entre ambos, porém, se deu rápida e rasteira. Logo, os personagens se despedem, com a promessa de se verem em outra oportunidade. Percebe-se um registro de comunicação vazia e superficial, cuja tônica foi o contato ligeiro e superficial construído pelos interlocutores: “Olá, como vai? / Estou indo, e você, tudo bem? / Tudo bem, eu vou indo correndo, / pegar meu lugar no futuro. E você? / Quanto tempo… / Pois é, quanto tempo… / Me perdoe a pressa / é a alma dos nossos negócios… / Oh! Não tem de quê. / Eu também só ando a cem”.

O culto à velocidade, no contexto apresentado, se coloca como fruto de um imediatismo processual que celebra o alcance dos fins sem dimensionar a qualidade dos meios necessários para atingir determinado propósito. Tal conjuntura favorece a lei do menor esforço – a comodidade – e prejudica a lei do maior esforço – a dignidade.
Como modelo alternativo à cultura fast, temos o movimento slow life, cujo propósito, resumidamente, é conscientizar as pessoas de que a pressa é inimiga da perfeição e do prazer, buscando assim reeducar seus sentidos para desfrutar melhor os sabores da vida.

SILVA, M. F. L. Boletim UFMG, n. 1 749, set. 2011 (adaptado).

Nesse artigo de opinião, a apresentação da letras da canção Sinal Fechado é uma estratégia argumentativa que visa sensibilizar o leitor porque

a) adverte sobre os riscos que o ritmo acelerado da vida oferece.

b) exemplifica o fato criticado no texto com uma situação concreta.

c) contrapõe situações de aceleração e de serenidade na vida das pessoas.

d) questiona o clichê sobre a rapidez e a aceleração da vida moderna

e) apresenta soluções para a cultura da correria que as pessoas vivenciam hoje.

Resposta: Letra B. Note que a questão pediu para identificar a estratégia argumentativa por traz do uso de determinado trecho no artigo de opinião.

Nele o autor utilizou a canção para expressar um exemplo concreto da tese que ele está defendendo, que é a de que a sociedade vive atualmente de forma desnecessariamente acelarada. A letra de Paulinho da Viola nesse sentido retrata um desses diálogos vazios causados pelo excesso de pressa.

(Enem 2020 / 2ª Aplicação)

Questão – Enem 2021 – Prova Azul

Resposta: Letra B. Note que, neste artigo de opinião, o autor defende a tese de que vivemos em uma sociedade desnecessariamente acelerada. Isso traz diversas consequências, como, por exemplo, a superficialidade das interações cotidianas.

Nesse sentido, a letra da música de Paulinho da Viola apresenta um exemplo concreto desses diálogos vazios que caracterizam os tempos modernos.

Exemplo de questão 2

Novas tecnologias

Atualmente, prevalece na mídia um discurso de exaltação das novas tecnologias, principalmente aquelas ligadas às atividades de telecomunicações. Expressões frequentes como “o futuro já chegou”, “maravilhas tecnológicas” e “conexão total com o mundo” “fetichi – zam” novos produtos, transformando-os em objetos do desejo, de consumo obrigatório. Por esse motivo carregamos hoje nos bolsos, bolsas e mochilas o “futuro” tão festejado.

Todavia, não podemos reduzir-nos a meras vítimas de um aparelho midiático perverso, ou de um aparelho capitalista controlador. Há perversão, certamente, e controle, sem sombra de dúvida. Entretanto, desenvolvemos uma relação simbiótica de dependência mútua com os veículos de comunicação, que se estreita a cada imagem compartilhada e a cada dossiê pessoal transformado em objeto público de entretenimento.

Não mais como aqueles acorrentados na caverna de Platão, somos livres para nos aprisionar, por espontânea vontade, a esta relação sadomasoquista com as estruturas midiáticas, na qual tanto controlamos quanto somos controlados.

SAMPAIO A. S. A microfísica do espetáculo. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 1 mar 2013 (adaptado).

Ao escrever um artigo de opinião, o produtor precisa criar uma base de orientação linguística que permita alcançar os leitores e convencê-los com relação ao ponto de vista defendido. Diante disso, nesse texto, a escolha das formas verbais em destaque objetiva

a) criar relação de subordinação entre leitor e autor, já que ambos usam as novas tecnologias.

b) enfatizar a probabilidade de que toda população brasileira esteja aprisionada às novas tecnologias.

c) indicar, de forma clara, o ponto de vista de que hoje as pessoas são controladas pelas novas tecnologias.

d) tornar o leitor copartícipe do ponto de vista de que ele manipula as novas tecnologias e por elas é manipulado.

e) demonstrar ao leitor sua parcela de responsabilidade por deixar que as novas tecnologias controlem as pessoas.

Enem 2013

Reposta: Letra D. Ao usar a 1ª pessoa do plural, o autor usa a estratégia argumentativa de incluir o leitor como parte constituinte da tese que ele defende no seu artigo de opinião.

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Tema, tese e título na redação do Enem: qual a diferença?

Saber qual a diferença entre tema, tese e título na redação do Enem é fundamental para a construção correta do texto e para a garantia de uma boa nota. No entanto, é muito comum confundir esses três termos.

Embora pareçam o mesmo, é importante deixar claro que se trata de coisas distintas. Em resumo, tema é o recorte de um assunto, título é o nome dado a um texto e a tese é a opinião sobre o recorte. 

Para tirar as suas dúvidas, neste artigo, falaremos detalhadamente sobre cada um desses itens. Acompanhe!

Tema, tese e título na redação do Enem: como diferenciar cada conceito?

Diferenças entre tema, tese e título na redação do Enem

Nesta parte do artigo, vamos falar detalhadamente sobre os pontos que caracterizam e diferenciam os conceitos de tema, título e tese na redação do Enem. Confira!

Tema

O tema é o fator mais importante quando falamos de Enem, uma vez que a “fuga ao tema” pode te fazer zerar a redação. Assim, podemos dizer que o tema é o recorte do assunto que será a base da construção do seu texto. 

Em outras palavras, vamos imaginar que o assunto da redação seja: “Desafios da mulheres na sociedade atual”. No entanto, esse tópico é algo muito amplo. Nesse sentido, se o tema da redação fosse esse, você ficaria perdido, pois haveria milhares de possibilidades distintas de tratar esse assunto.

Além disso, a vida dos corretores de redação ficaria bem complicada, porque eles teriam que trabalhar com parâmetros muito amplos para avaliar as redações. 

Por isso, se faz um recorte mais específico no assunto, como, por exemplo foi o tema da redação do Enem de 2023: “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.

Perceba que o tema está englobado no tópico mais geral (“Desafios da mulheres na sociedade atual”), mas traz um aspecto pontual dele. Dessa forma, discorrer sobre o assunto fica muito mais fácil, pois se tem um panorama definido. 

Para te ajudar a fixar melhor o conceito, confira abaixo a tabela de temas cobrados nas últimas provas do Enem:

Anos Tema da redação do Enem
2023“Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”
2022“Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”
2021“Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil” (tema do Enem impresso e do digital)
2020“O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira” (tema do Enem impresso)
2020“O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil” (tema do Enem digital)
2019“Democratização do acesso ao cinema no Brasil”
2018“Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na Internet”
2017“Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”
2016“Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”
2015“A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”
2014“Publicidade infantil em questão no Brasil”
2013“Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”
2012“Movimento imigratório para o Brasil no século 21”
2011“Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado”
2010“O trabalho na construção da dignidade humana”
2009“O indivíduo frente à ética nacional”
2008“Como preservar a floresta Amazônica”
2007“O desafio de se conviver com a diferença”
2006“O poder de transformação da leitura”
2005“O trabalho infantil na realidade brasileira”
2004“Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação”
2003“A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo?”
2002“O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita?”
2001“Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar interesses em conflito?”
2000“Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional?”
1999“Cidadania e participação social”
1998“Viver e aprender”
Tabela de temas de redação Enem

Como identificar o tema da redação do Enem?

Identificar o tema da redação do Enem é um passo fundamental. Afinal, como dissemos antes, fugir ou tangenciar o tema pode te fazer perder pontos preciosos, ou até zerar a redação.

A frase tema da redação do Enem é aquela que aparece na parte da “Proposta de redação” da prova, logo depois dos textos motivadores, como você pode ver na imagem abaixo:

Como identificar o tema da redação do Enem

Tese

Além do tema, temos a tese que nada mais é que o ponto de vista que você vai defender sobre o tema. Em outras palavras, ela é a sua delimitação da temática. Dito isso, vamos retomar ao exemplo do “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”:

  • O que você pensa sobre esse tema?
  • Quais você considera os principais desafios para o enfrentamento desse problema?
  • Por quais motivos o trabalho de cuidado realizado pelas mulheres é invisilizado no Brasil?

Essas e outras perguntas são as que vão te ajudar a formular a sua opinião e a convencer o leitor a confiar nela. Inclusive, você pode estruturar a sua tese com mais de um argumento. Essa sugestão entra, por exemplo, nas vantagens e desvantagens da prática. 

Vale dizer que a exposição da tese deve vir logo na introdução e que os parágrafos do desenvolvimento devem reforçá-la e confirmá-la.

Exemplo de tese na redação do Enem

Para deixar o conceito mais claro, vamos analisar uma redação que alcançou a nota mil no Enem 20222, cujo o tema era “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.

Na música “Imagine”, de John Lennon, é retratada uma sociedade que se une, apesar das diferenças culturais, a fim de alcançar a felicidade. Assim como na obra, fora da canção, a harmonia social é imprescindível para o desenvolvimento de uma nação. Contudo, no Brasil, desafios como a negligência estatal, somada à presença de um ideário colonial no pensamento coletivo, prejudicam a valorização das comunidades e dos povos tradicionais, impedindo a concretização dessa união. esse modo, torna-se fundamental a atuação do Estado para solucionar esse óbice.

Diante disso, é válido analisar, primeiramente, a improficuidade estatal perante o cumprimento dos benefícios normativos. Nesse sentido, segundo a Constituição Federal de 1988, todo cidadão brasileiro possui o direito à educação, cabendo ao Estado a sua efetivação no corpo social. Todavia, percebe-se, na realidade, que esse preceito não é difundido por completo, haja vista que, em virtude da escassa mobilização governamental referente à promoção de campanhas educacionais sobre as distintas comunidades tradicionais que residem no Brasil, diversas pessoas desconhecem a importância desses povos para a nação, a exemplo da utilização do conhecimento indígena para a preservação das florestas nativas, o que contribui para a desvalorização dessa população na atualidade. Logo, conclui-se que as autoridades públicas devem promover ações sensibilizadoras para reverter essa conjuntura.

Ademais, é imperioso postular como a perpetuação de um pensamento retrógrado afeta a sociedade tradicional. Nesse contexto, durante a colonização do Brasil, houve um processo de imposição da cultura eurocêntrica dos colonos nas comunidades colonizadas, ocasionando uma desvalorização dos povos tradicionais. Tendo isso em vista, observa-se, na contemporaneidade, a existência desse fenômeno, dado que persiste a exaltação de uma cultura globalizada em detrimento dos costumes das comunidades originárias, o que gera, por consequência, o apagamento de diversos hábitos tradicionais, como a mudança da vestimenta utilizada por algumas tribos indígenas, destacando a adaptação à cultura hegemônica. Dessa forma, faz-se essencial a criação de projetos governamentais que combatam esse pensamento antigo.

Evidencia-se, portanto, que atitudes são necessárias, com o fito de extinguir os desafios para valorização das comunidades e dos povos tradicionais no Brasil. Posto isso, o Estado deve, por meio do Ministério da Educação — órgão federal detentor do papel educacional da nação —, realizar parcerias com os meios de comunicação existentes, a exemplo dos canais televisivos, com a finalidade de divulgar informações acerca da importância das distintas populações que residem no país, elucidando os brasileiros e eliminando a mentalidade colonial da sociedade. Somente assim, diferentes povos serão valorizados e a harmonia cantada por Lennon se concretizará no Brasil.

Redação nota mil do estudante ZECK FERREIRA GOMES – Enem 2022

Análise: Na redação acima, marcamos em negrito na introdução a tese do estudante sobre o tema “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.

Perceba que o candidato defende que para lidar com os desafios propostos, é preciso promover a harmonia social. Ele lista, contudo, obstáculos para alcançar esse objetivo. Com isso, ele evidencia seu ponto de vista (tese) sobre a temática proposta.

Nos dois parágrafos seguintes, ele desenvolve cada um dos argumentos que vão sustentar a sua tese.

Título

Por fim, vamos tratar do título, que é o conceito mais fácil, pois consiste no nome que você dará ao seu texto. No entanto, é recomendado que ele seja desenvolvido por último. Isso porque somente após argumentar, você saberá como deve nomear a produção. Inclusive, não colocar título te proporciona maior liberdade de escrita. 

A principal dica, no entanto, é se atentar à coerência. Voltando ao exemplo anterior, se o seu tema foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”, não esqueça de citá-lo no título e de focar nas principais informações que estão na sua redação. Ou seja, nada de mencionar o tema no título, e escrever um texto que o contradiga.  

Devo colocar título na redação do Enem?

Colocar título na redação do Enem é permitido, mas não é recomendável. Afinal, a Cartilha do Participante da Redação do Enem diz que “o título é um elemento opcional na produção da sua redação. Assim, embora seja considerado linha escrita, não é avaliado em qualquer aspecto relacionado às competências da matriz de referência”.

Contudo, como ele não vai te ajudar a conseguir mais pontos na sua redação, não faz sentido desperdiçar uma linha de texto inteira com ele. Por isso, opte por não colocar título na sua redação do Enem.

Resumo: tema, tese e título

Para não esquecer qual a diferença entre tema, título e tese na redação do Enem, anote:

DEFINÇÃODICA
TEMARecorte de um determinado assuntoO tema está na parte “proposta de redação, logo após os textos motivadores
TESEPonto de vista que você vai defender sobre o tema.A tese deve aparecer logo na introdução da sua redação
TÍTULO Expressão inicial que introduz a redação, “nome” do textoApesar de ser permitido, sugerimos não colocar título na redação do Enem.

Simples, não é mesmo? Caso queira mais dicas, confira o nosso conteúdo sobre: Redação do Enem 2024: como conseguir pelo menos 900 pontos?

Uso de maiúsculas e minúsculas em palavras com hífen

Ex-presidente ou Ex-Presidente? Vice-Reitor ou Vice-reitor? Afinal, nas palavras compostas separadas por hífen, devemos escrever os dois termos em maiúscula ou somente o primeiro deles? Neste artigo, vamos resolver esta dúvida. Confira!

Maiúsculas e minúsculas em palavras com hífen

De acordo com o Manual de redação da Presidência da República, “em palavras com hífen, após se optar pelo uso da maiúscula ou da minúscula, deve-se manter a escolha para a grafia de todos os elementos hifenizados” (p.26).

Em outras palavras, ou grafamos ambos os termos com letra minúscula, ou ambos com maiúscula:

  • O Ex-Presidente (ou ex-presidente) realizou discurso na última semana.
  • O Vice-Reitor (ou vice-reitor) abriu o congresso com uma aula magna.

Nomes próprios

Para finalizar este artigo, vale destacar que, em nomes próprios, a única opção é utilizar todos os termos com letra maiúscula:

  • Grã-Bretanha;
  • Timor-Leste;
  • República Centro-Africana;
  • Associação Latino-Americana de Psicologia Social;
  • Jogos Pan-Americanos.

Questão sobre uso hífen para o Enem

1. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão em concordância com as regras de uso de maiúsculas e minúsculas em compostos com hífen:

a) Ex-presidente, Guiné-Bissau, pan-americano;

b) vice-presidência, Timor-Leste, Sub-Regente;

c) Grã-bretanha, Vice-Reitor, Associação Inter-Regional para Cooperação;

d) União Pan-Africana de Nações, vice-Governador, Torneio Sul-Americano de Basquete.

Resposta:

A alternativa correta é a letra “b”. Perceba que ela segue todas as regras citadas no artigo.

Vamos analisar agora os erros nas demais alternativas:

  • Na letra “a”, a grafia “Ex-presidente” está incorreta, pois mistura o uso de maiúsculas e minúsculas.
  • Na letra “c”, a grafia “Grã-bretanha” está incorreta. Como se trata de um nome próprio, ambos os termos devem ser grafados com letra maiúscula.
  • Na letra “d”, a grafia “vice-Governador” está incorreta, porquanto também mescla indefidamente o uso de maiúsculas e minúsculas.

*

Gostou do texto? Então, aprofunde seus estudos com nosso Guia do Hífen.

Tudo sobre o grau comparativo de superioridade

No dia a dia utilizamos muitos recursos da língua portuguesa sem nos dar conta, e esse é o caso do grau comparativo de superioridade, que é bastante usado mas muitas vezes nem percebemos isso, ao utilizarmos adjetivos.

Quando pintar uma dúvida sobre o que é correto fazer com relação ao comparativo de superioridade de adjetivos, basta dar uma lida no texto abaixo que ficará mais fácil saber empregar corretamente o comparativo.

Para que você perceba a diferença entre o grau comparativo de superioridade e o grau superlativo, como identificar e empregar esse recurso em textos, e perceber de forma prática nas frases, redigimos um pequeno manual sobre o tema. Vamos saber mais sobre o assunto!

O que é grau comparativo de superioridade?

Os adjetivos existem para empregar qualidades ao sujeito das frases. Além disso, em alguns casos, os adjetivos também são utilizados para comparar pessoas ou coisas. 

É quando existe essa comparação entre as partes utilizando adjetivos que o grau comparativo é utilizado, tanto para expressar uma ideia de igualdade, quanto de superioridade ou inferioridade. Entenda as diferenças a seguir e saiba tudo sobre o grau comparativo de superioridade.

Entenda a diferença entre comparativo de superioridade e igualdade

Ainda que todos os graus comparativos se utilizem de adjetivos para exercer algum tipo de comparação entre as partes, os três graus comparativos possuem diferenças bem claras.

No caso do grau comparativo de superioridade, existe uma comparação para aumentar a característica de uma ou uma das partes em relação a outra ou outras. Enquanto isso, o grau comparativo de igualdade põe as partes do sujeito num mesmo nível. 

Entenda a diferença entre comparativo de superioridade e inferioridade

Como dito acima, os adjetivos servem para aplicar qualidades aos sujeitos das frases, além de tecer comparações entre os componentes do sujeito. No entanto, optar por usar o grau comparativo de superioridade ou de inferioridade vai depender do que você quer expressar.

O grau comparativo de superioridade serve para demonstrar que um dos sujeitos têm maiores ou melhores características que o outro.  Já no grau comparativo de inferioridade, como o próprio nome já indica,  funciona de maneira exatamente oposta, colocando uma das partes do sujeito com características inferiores às do outro ou dos outros. 

Continue a leitura para conferir exemplos de grau comparativo de superioridade!

Qual a diferença entre o grau comparativo de superioridade e superlativo?

É muito importante destacar que o grau comparativo envolve pelo menos duas partes para que possa haver a comparação entre eles, e então se apresentam as formas de igualdade, inferioridade ou superioridade. Essa é uma das maneiras de diferenciar esses dois graus que se utilizam de adjetivos. 

No caso do grau superlativo, o que podemos observar é que a caraterística atribuída pelo adjetivo é intensificada e não há comparação. Além disso, pode ser feita de forma relativa quando envolve mais de uma pessoa ou grupo, ou de forma absoluta quando se refere a um componente ou grupo do sujeito.

Exemplos de frases no comparativo de superioridade

Para que fique mais clara e fácil a compreensão, vamos dar exemplos de frases do grau comparativo de superioridade, e assim será possível perceber a estrutura utilizada nele:

Exemplos: 

  • Essa comida está melhor que a que experimentamos aqui na última semana.
  • Sua pulseira é mais bonita que a minha.
  • Para escrever discursos, Paulo é melhor que Mario. 
  • Descrevendo assim, percebo que sua mãe é mais carinhosa que seu pai.
  • Esse utilitário é mais caro que o meu.
  • Meu time tem mais títulos que o seu.
  • A comida fresca é muito mais saudável que comida pronta e congelada.

E aí? Já sabe tudo sobre o grau comparativo de superioridade? Se quiser continuar aprendendo ainda mais, confira todos os nossos conteúdos sobre gramática e domine a língua portuguesa!

Frase Optativa: O que é e como identificá-la

Existem dentro da nossa gramática variados tipos de frases, com diferentes estruturas. E uma das que usamos com certa frequência tanto ao redigir textos quanto em conversas do cotidiano é a frase optativa, que será nosso tema de hoje.

Para que saibamos identificar as frases optativas é necessário saber seu significado, que tipo de frase ela é, e suas principais características. Vamos relembrar esse assunto.

Para que sua identificação seja rápida, fácil, e seja possível diferenciá-la dos outros tipos de frases de maneira acertada, seguem algumas informações relevantes sobre as frases optativas, como sua estrutura, pontuação e exemplos.

O que é uma frase optativa?

As frases optativas são aquelas em que se deseja algo a alguém, e ao final geralmente se utiliza um ponto de exclamação para reforçar a ideia. É a frase onde se expressa claramente uma opinião, um desejo de que algo ocorra, uma benção, votos ou realizações.

Exemplos de frases optativas

Seguem abaixo alguns exemplos de frases optativas, para melhor compreensão:

  • Que Deus te proteja!
  • Espero que consiga a vaga de emprego!
  • Torcendo pela sua pronta recuperação!
  • Tenha uma ótima viagem!
  • Boa sorte no novo emprego!

Tipos de frases optativas

Existem dois tipos de frases optativas, as que são classificadas como optativas nominais e as optativas verbais.

Frase optativa nominal

As frases classificadas como optativas nominais não possuem em sua estrutura nenhum verbo, nada que indique ação.

Exemplos de frases optativas nominais:

  • Que bela jóia.
  • Nossa, que casa mais arrumada!
  • Lindo vestido!
  • Garoto esperto!
  • Que funcionário dedicado!

Frase optativa verbal

Já no caso das frases optativas verbais, sempre vai haver em sua estrutura um verbo, que pode compor sozinho a frase, ou vir acompanhado de outras palavras.

Exemplos de frases optativas verbais:

  • Amanheceu!
  • Seja feliz!
  • Desejo muita saúde ao bebê!
  • Tenha um ótimo dia!
  • Espero que vença a prova!

Diferença entre frase optativa e frase exclamativa

Com o objetivo de facilitar sua vida, e para que não reste nenhuma dúvida na hora de identificar as frases optativas, e que seja mais claro diferenciá-la das frases exclamativas, seguem a explicação do que diferencia as duas.

As frases optativas podem ser confundidas com as frases exclamativas uma vez que geralmente levam o ponto de exclamação ao fim. E é bom ressaltar que as frases optativas expressam o desejo a alguém, ou votos ou bênçãos. Enquanto as frases exclamativas sempre serão pontuadas com um ponto de exclamação, e sua entonação é sempre mais veemente.  

Diferença entre frase optativa e frase declarativa

Para estabelecer a diferença entre frases optativas e declarativas é bastante simples, uma vez que as frases declarativas estão fazendo algum tipo de declaração ou constatação sobre algo ou alguém. Enquanto as frases optativas estão desejando algo e sua entonação é mais exclamativa que as das frases declarativas.

Para melhor compreensão e utilização é preciso conhecer bem as características e regras da gramática portuguesa, especialmente depois do Novo Acordo Ortográfico, que unificou o nosso idioma aos de outros países de língua portuguesa.
Agora que você mergulhou no universo da gramática e já sabe o que é frase optativa, por que não explorar mais? Convidamos você a visitar nossa categoria Revisão de Texto, onde oferecemos uma variedade de conteúdos, desde a correção de erros comuns até dicas de edição avançada. Aperfeiçoar seu texto nunca foi tão fácil! 🖊️

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