A imagem mostra um quadro com vários nomes em inglês, como workshop, motivation, success, results, etc.
Imagem: Unist

A língua portuguesa teve suas origens no latim, assim como o italiano, francês, romano, espanhol e outras. E ela evoluiu ao longo dos anos juntamente com seus falantes. E podemos dizer, através de uma metáfora, que toda língua é um organismo vivo que está sujeito a constantes mudanças e adaptações.

Basta olhar registros de falantes de décadas ou centenas de anos atrás para perceber o caráter mutável e o fenômeno da transformação. E uma das formas que potencializam essas mudanças é a entrada de outras palavras através de falantes de outras línguas.

Esse fenômeno conhecido como estrangeirismo não é recente. Desde sempre as línguas se beneficiaram de palavras advindas de outros idiomas.

O Brasil, particularmente, agregou milhares de termos de línguas estrangeiras através da cultura e das pessoas que chegavam ao nosso país, fazendo com que o português falado no Brasil tivesse nuances que acabam por diferenciá-lo daquele falado em Portugal. E esses “empréstimos linguísticos” acabaram por acrescentar termos que enriqueceram nossa forma de se comunicar, apesar de alguns linguistas tradicionais olharem com cautela tal fato.

Um dos idiomas que mais contribuíram e ainda contribuem para a construção do nosso vocabulário é a língua inglesa. E apesar de existirem algumas diferenças entre o português e o inglês, nós incorporamos várias expressões utilizadas comumente em diversas áreas.

Isso se dá porque o inglês é a mais influentes das línguas faladas no mundo, sendo considerada a linguagem universal, assim como o francês já foi um dia.

As palavras e expressões são utilizadas em diversas áreas comuns: alimentação, hábitos, moda, comportamento, tecnologia e informática, comunicação e marketing, dentre outras.

Dois tipos de Estrangeirismos

A imagem mostra vários nome em inglês.
Imagem: Unist

Os estrangeirismos, também conhecidos como perigrinismo ou barbarismo (termo que designa uma invasão), podem ser incorporados à nossa língua de duas maneiras, através do aportuguesamento ou utilizadas em sua grafia original.

No aportuguesamento as palavras originais têm sua grafia adaptadas ao nosso idioma.  Alguns exemplos:

Banco (bank), beisebol ou basebol (Baseball), basquete (basketball), bife (beef), blecaute (black-out), bangalô (bungalow), boxe (boxing), catchup (ketchup, também utilizada em sua grafia original),  cliclete (cliclet), clipe (clip), coquetel (cock-tall), debênture (debenture), escore (score), estresse (stress), esporte (sport), folclore (folklore), futebol (football), golfe (golf, também utilizada na grafia original), nailon (nylon), nocaute (knockout), piquenique (picnic), rali (rally), repórter (reporter), sanduíche (sandwich), suéter, (sweater), telefone (telephone), teste (test), tênis (tennis), time (team), uísque (whisky, também usada na grafia original), voleibol ou vôlei (volleyball), xampu (Shampoo, muitas vezes utilizada também na sua grafia original).

Há outra maneira também de fazer uso de palavras estrangeiras, utilizando-as exatamente como elas são escritas em inglês. Isso se dá pela praticidade ou porque a expressão ou palavra não encontra uma adaptação que seja bem adaptada na língua portuguesa.

Algumas das áreas que mais recebem contribuições são os da informática e tecnologia e publicidade. Seguem exemplos de estrangeirismos que mantiveram a grafia original:  

Backup, baby doll, barman, bike, blazer, byte, black Friday, black music, blackout , blues, brother, camping, CD-ROM (compact disc), casual, checkup, cheeseburguer, coffee break, cookies, cotton, cowboy, delete, dance music, delivery, designer, diesel, diet, dj (disk jockey), doping , check-in, email, enter, express, fast food, fashion, fax, fitness, flash, flat, game, heavy metal, home banking, internet, intranet, jazz, jeans, king-size, laser, light, link, lycra, hot dog, magazine, making of, marketing, master, media, media player, megastore, milk shake, modem, mouse, motel, motocross , new age, news, notebook, offline, online, okay, outdoor, pen drive, premium, print, queen, rent a car, rush, sale, self service, site, slide, slogan, skate, shopping center, spray, standard, sundae, show, techno, twist, update, upgrade videogame, videotape, wc, windsurf.

Como podemos perceber, essas palavras já fazem parte de nossa realidade e este é um fenômeno social que não há como ser detido. Os falantes vão adaptando seu linguajar de acordo com suas necessidades.

Já tivemos várias expressões que hoje em dia caíram em desuso e se tornaram obsoletas, e somente o tempo poderá dizer quais dessas expressões irão permanecer ou não na nossa comunicação.

O importante é que seja mantido um bom senso na hora de seu uso, para não cair em exageros que sejam totalmente dispensáveis.