Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

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eSports, esports, e-Sports ou e-sports – qual a grafia correta?

Afinal, a forma correta é eSports, esports, e-Sports ou e-sports? Neste artigo, vamos fazer uma análise do termo para verificar qual a grafia mais adequada.

Depois de anos de discussão, ainda não há consenso sobre a forma correta de grafia da palavra que se refere aos esportes eletrônicos, como jogos de computador que são disputados profissionalmente em campeonatos. Sem grafia definida, na língua portuguesa, a grande dificuldade é não confundir o espectador com a palavra esportes.

Após a ministra do Esporte Ana Moser dizer que eSports não é um esporte, certamente o tema voltou a ser motivo de discussões acaloradas nas redações dos veículos de imprensa. Com isso, despertou-se a curiosidade dos leitores, que assistiram a um verdadeiro festival de formas diferentes de escrita da palavra: eSports, Esports, e-Sports e e-sports.

Na visão da ministra, o segmento de games está no campo do entretenimento. Antes da pandemia de Covid-19 já havia um crescimento acelerado do número de adeptos.

Com o confinamento imposto pelo vírus, a expansão ganhou ainda mais velocidade, como aponta o 9º levantamento realizado pela Pesquisa Game Brasil (PGB), desenvolvida pelo Sioux Group e Go Gamers em parceria com Blend New Research e ESPM.

De acordo com o levantamento de 2022, o Brasil atingiu a marca de 74,5% de sua população que diz jogar games. Esse é o maior número já registrado em território nacional.

Os dados provam que independentemente da forma como são escritos, os jogos online são uma realidade e um mercado em ascensão. O que torna ainda mais necessária a definição da forma correta de escrever o nome da categoria, sob risco de influenciar negativamente nesse mercado.

Neste texto, vamos te indicar as diferentes vertentes de grafia, que podem ser utilizadas, sem medo de errar a palavra que define esportes eletrônicos. Confira!

eSports, esports, e-Sports ou e-sports - qual a grafia correta?
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Xeique, Xeque ou Sheik – qual a forma correta?

Afinal, a forma correta é xeque, xeique ou sheik? As três formas estão corretas, mas uma delas é considerada um estrangeirismo. Neste artigo, vamos fazer uma análise completo desse tema. Vamos lá!

Origem e significado

A palavra tem de origem árabe (xāyẖ) e quer dizer “chefe”, “soberano”, “ancião”, “líder” ou “governador”. Na língua portuguesa, há duas formas integradas ao nosso vocabulário: xeque e xeique.

Morfologicamente, o termo é classificado como substantivo masculino. Vejamos alguns exemplos de uso:

  • Os xeques arábes se reuniram para debater o futuro do país.
  • O xeique ganhou destaque internacional ao liderar seu país na guerra contra os inimigos internacionais.

Vale destacar que grafia sheik, de origem inglesa, também é utilizada no Brasil. A palavra está registrada no Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa (Volp), mas é considerada um estrangeirismo.

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Réveillon, reveillon ou reveion – qual a forma correta?

A forma correta é Réveillon, com acento. As forma reveillon e reveion não existem. Por isso, não devem ser utilizadas. Neste artigo, vamos fazer uma análise completa dessa palavra. Vamos lá!

Classficação e origem

O vocábulo Réveillon é um subtantivo masculino, de origem francesa, que denomina os festejos de fim de ano e a comemoração do Ano-Novo. Vejamos alguns exemplos do uso desse termo:

  • Durante o Réveillon, muitas pessoas se reunem nas praias do Rio de Janeiro.
  • Eu sempre me divirto muito com a minha família na festa de Réveillon.
  • O Réveillon é comemorado primeiro na Austrália e na Nova Zelândia.
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Qual o plural de abajur?

Qual é o plural de bar: “bares” ou “bars”? E o de mar: “mares” ou “mars”? Por que então ao flexionar a palavra “abajur” a gente titubeia e chega a pensar que poderia ser “abajurs”?

Está claro que, mesmo quando apagado, o abajur é flexionado no plural como “abajures”. Então, anote aí: a versão “abajurs” está incorreta; não existe na língua portuguesa.

A mesmíssima regra de formação do plural adotada aqui é relativa à dos substantivos terminados em “r”. Neles, o plural é formado pelo acréscimo de “es” ao termo no singular. Assim:

  • Açúcar – açúcares
  • Mar – mares
  • Bar – bares
  • Mulher – mulheres
  • Abajur – abajures

Veja exemplos:

  • João trocou as lâmpadas dos abajures do salão de festas.
  • Maria quer novos abajures para a casa nova.
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Empréstimos linguísticos – conceito e exemplos

Empréstimos linguísticos ocorrem quando palavras de outras línguas se incorporam ao léxico de outra determinada língua. Neste artigo, vamos falar mais sobre esse conceito e trazer exemplos. Vejamos!

As línguas são dinâmicas. Uma palavra não tem dono e pode ser incorporada livremente a qualquer idioma. No Brasil, apagar já virou deletar, impressão virou print, união agora é link e trabalho remoto, home office.

A lista de palavras que transitam entre diferentes culturas e falantes de países distintos e são incorporadas aos vocabulários “hospedeiros” é cada vez maior no mundo globalizado. Mas vale lembrar que esse fenômeno – chamado de “empréstimo linguístico” – não é recente nem fruto apenas da influência do inglês.

Há muitos exemplos de palavras de origem árabe, latina e indígena que usamos frequentemente como se tivessem nascido em solo brasileiro. Desde as grandes navegações é assim: começamos a receber empréstimos de línguas asiáticas, africanas, indígenas e europeias.

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Kimono ou Quimono – qual a forma correta?

A forma correta de escrever a palavra em português é quimono, com “q”. O termo kimono, com “k”, tem origem japonesa. Neste artigo, vamos fazer uma análise completa desta palavra. Vejamos!

Quimono

O Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa (Volp), da Academia Brasileira de Letras, registra somente a palavra quimono. O mesmo acontece com os principais dicionários.

O termo designa o tipo de vestimenta utilizada para prática de artes marciais, como judô, jiu-jítsu, caratê, entre outras. A palavra também pode indicar uma vestimenta feminina que, confeccionada em tecido leve, pode ser usada sobre a roupa.

ex1: Nas competições, os atletas normalmente usam quimonos brancos ou azuis.

ex2: A modelo desfilou com um quimono florido.

ex3: No jiu-jítsu, muitas academias têm seus próprios quimonos.

Um fato interessante é que, no português de Portugal, também existem os termos quimão e quimau.

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Jiu-jitsu ou Jiu-jítsu – tem acento?

A forma mais correta de grafar o nome desta arte marcial é jiu-jítsu, com acento no segundo “i”. Contudo, alguns estudiosos da língua portuguesa também reconhecem a grafia jiu-jitsu, sem acento.

Neste artigo, vamos explicar qual regra de acentuação se aplica a esse termo. Vejamos!

Paroxítona

Na língua portuguesa, todas as palavras paroxítonas, as que têm a penúltima sílaba como tônica, terminadas em “u” ou “us” devem ser acentuadas. É exatamente o caso do vocábulo jiu-jítsu. Vejamos outros termos que seguem a mesma regra: vírus, húmus, ânus.

Uma curiosidade é que o Acordo Ortográfico não fala de paroxítonas terminadas em “u”, mas somente em “us”. Isso acontece porque, no português, não temos, já há muito tempo, palavras finalizadas em “u”.

Esse fenômeno se deve ao fato de que há uma recomendação ortográfica do não uso do “u” final em palavras de origem latina.

Contudo, a Academia Brasileira de Letras decidiu incorporar o vocábulo japonês jiu-jítsu ao Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa (Volp) como um empréstimo linguístico, o que lhe retira do rol dos termos considerados estrangeiros e o submete às regras ortográficas do nosso idioma.

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Vícios de linguagem: classificação e exemplos

Os vícios de linguagem são desvios das normas gramaticais ocasionados por desconhecimento ou má assimilação da norma culta por parte de quem fala ou escreve.

Neste artigo, vamos falar sobre 12 vícios de linguagem que você deve evitar. Vejamos!

Índice do artigo:

Ambiguidade (Anfibologia)

Também chamada de anfibologia, a ambiguidade consiste na dupla possibilidade de interpretação de um enunciado. Popularmente, esse vício de linguagem recebe o nome de “duplo sentido”.

– Visitou a amiga e depois saiu com seu namorado. (O namorado é de quem?)

– A filha quer o intercâmbio logo, mas a mãe não quer. (Não quer o intercâmbio ou não quer que seja logo?)

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Neologismo – conceito e classificações

O neologismo é uma palavra nova, uma palavra inventada ou uma palavra já existente que recebeu um novo significado. 

Exemplos de neologismos:

  • covidão;
  • deboísmo;
  • googlar;
  • gordofobia;
  • lgbtfobia;
  • linkar;
  • mitar/mitou;
  • refri.

Devido ao fato de a língua estar em constante evolução, os neologismos estão sempre surgindo, seja na linguagem formal, seja na informal. Por isso, eles são considerados um processo de formação de palavras.

No entanto, nem todo neologismo chega a ser dicionarizado e amplamente utilizado pelo povo.

A criação dessas novas palavras pode se dar de várias formas. Veja a seguir.

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Startup ou Start-up – tem hífen?

Afinal, qual a forma correta: startup ou start-up? A palavra tem ou não tem hífen? Neste artigo, vamos resolver essa questão e mostrar qual a grafia mais adequada. Vejamos!

Start-up

A forma start-up é a mais reconhecida pelos principais dicionários da língua inglesa e da língua portuguesa.

No inglês, os dicionários Oxford English Dictionary (OED), Cambridge Dicitionary e Merriam-Webster Dictionary registram como a correta a forma com hífen. No português, o Houaiss e o Michaelis também trazem a forma start-up.

Esse posicionamento leva em conta o fato de que, na língua inglesa, os substantivos originados de verbos frasais (phrasal verbs) são geralmente escritos com hífen. É o caso de stand-up, scale-up, blow-up.

Vale ressalvar que o dicionário Priberam reconhece as duas grafias: start-up e startup.

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