A forma mais correta de grafar o nome desta arte marcial é jiu-jítsu, com acento no segundo “i”. Contudo, alguns estudiosos da língua portuguesa também reconhecem a grafia jiu-jitsu, sem acento.

Neste artigo, vamos explicar qual regra de acentuação se aplica a esse termo. Vejamos!

Paroxítona

Na língua portuguesa, todas as palavras paroxítonas, as que têm a penúltima sílaba como tônica, terminadas em “u” ou “us” devem ser acentuadas. É exatamente o caso do vocábulo jiu-jítsu. Vejamos outros termos que seguem a mesma regra: vírus, húmus, ânus.

Uma curiosidade é que o Acordo Ortográfico não fala de paroxítonas terminadas em “u”, mas somente em “us”. Isso acontece porque, no português, não temos, já há muito tempo, palavras finalizadas em “u”.

Esse fenômeno se deve ao fato de que há uma recomendação ortográfica do não uso do “u” final em palavras de origem latina.

Contudo, a Academia Brasileira de Letras decidiu incorporar o vocábulo japonês jiu-jítsu ao Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa (Volp) como um empréstimo linguístico, o que lhe retira do rol dos termos considerados estrangeiros e o submete às regras ortográficas do nosso idioma.

Empréstimo linguístico x Estrangeirismo

Quando uma palavra é incorporada a um idioma com alteração na sua grafia, estamos diante de um empréstimo linguístico. Já o estrangeirismo é processo de incorporação das palavras ou expressões sem que haja alteração na grafia. 

Nesse sentido, vale destacar que há uma discordância entre estudiosos da língua portuguesa sobre como categorizar a palavra jiu-jítsu. Isso interfere diretamente na regra de acentuação.

A Academia Brasileira de Letras e os dicionários Houaiss e Aurélio entendem que estamos diante de um empréstimo linguístico. Logo, a palavra deve seguir a norma de acentuação do português e, por isso, deve ser acentuada.

Há, contudo, outros gramáticos e dicionaristas, como João Malaca Casteleiro, que entendem que estamos diante de um estrangeirismo e, assim, o vocábulo deve manter sua grafia original, sem acento agudo.

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