Afinal de contas, quando devemos utilizar hífen com o prefixo “cripto”? Neste artigo, vamos resolver essa questão! Confira!

Origem

O prefixo “cripto” vem do grego “kruptós, é, ón”, que signifca “oculto” ou “secreto”.

Ele é usado em palavras como: criptoanálises, criptografia, criptomoedas, criptoimagem, etc.

Quando usar hífen com prefixo “cripto”?

Agora que sabemos a origem do prefixo, vamos entender as regras do uso do hífen com esse termo.

Nos vocábulos compostos formados por composição morfológica, devemos usar o hífen com o prefixo “cripto” somente quando a segunda palavra começar com as letras “o” e “h”.

Ex: cripto-otimização e cripto-humamo.

Nos demais casos, não devemos utilizar o hífen. Vejamos alguns casos:

  • Aquela empresa desenvolveu um jogo com criptomoedas que faz muito sucesso entre os brasileiros.
  • Essa tecnologia é baseada em criptografia. Então, as informações os usuários, em tese, estão seguras.
  • Marcelo é especialista em criptotecnologias, principalmente naquelas voltadas para o mercado bancário.

Palavras com “r” e “s”

Vale destacar, por fim, que, se o segundo termo começar com “r” ou “s”, essas letras devem ser repetidas, e não usamos hífen.

Ex: criptorradicalismo, criptossondagem.

5 palavras importantes com o prefixo “cripto”

O prefixo “cripto” é utilizado em uma série de palavras. Abaixo, listamos 5 vocábulos mais relevantes que são formados com essa partícula:

1) Criptografia: trata-se da manipulação das informações para torná-las ininteligíveis para pessoas que não possuem a chave para decifrá-las. Atualmente essa técnica é muito utilizada no campo da cibersegurança.

2) Criptomoedas: são moedas digitais que são desenvolvidas com base em técnicas de criptografia. As mais famosas atualmente são o Bitocin e o Ethereum. Esse tipo de moeda é, em geral, construída com modelos desentralizados, utilizando a tecnologia de blokchain.

3) Criptozoologia: trata-se de um campo de estudo que pesquisa a existência de seres cuja a existência não é reconhecida pela ciência tradicional, com o Monstro do Lago Ness, Chupa-Cabra e o Pé Grande.

4) Criptografia Visual: é a escola artística na qual as obras incorporam elementos de codificação. Nesse campo, as pessoas são desafiadas a encontrarem informações implícitas nas produções dos artistas.

5) Criptoaritmética: trata-se um quebra-cabeça matemático, onde os dígitos são substituídos por letras ou símbolos, na transcrição de uma operação aritmética clássica, em uma equação, cujo objetivo é o descobrimento dos dígitos originais.

Cripto x Cripta

Para finalizar, é importante destacar que, diferentemente de “cripto”, a palavra cripta não é um prefixo. Trata-se de um substantivo feminino que denomina uma espécie de galeria substerânea ou de câmara sepucral.

As criptas estão muito relacionadas a espaços substerrâneos de igrejas antigas onde eram enterradas pessoas de relevo. Vejamos alguns exemplos de uso do termo:

  • A cripta da Catedral da Sé é uma das mais belas do país.
  • Em várias igrejas católicas, as criptas se tornaram pontos de peregrinação.
  • Parte dos meus ancestrais está enterrada na cripta no terreno de Forest Lawn.

Etimologicamente o vocábulo provém do grego kryptē, derivada de kryptein, que significa “esconder-se”, e do latim crypta.

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