Na linguística, seguindo a linha estruturalista proposta por Ferdinand de Saussure, o signo é a unidade fundamental que nos traz a sensação de que algo faz sentido. É a representação de um código, é como nos fazemos entender.
Aos signos, atribuímos valor, sentido, representação. Eles são instrumentos da nossa comunicação e possuem dois desdobramentos, chamados significante e significado.
Principais diferenças entre significante e significado
Significante é o material do signo, um elemento tangível, perceptível, que nos mostrará a forma escrita ou falada do signo. Quando pensamos nas letras que formam uma palavra (imagem acústica), assim como nos fonemas (manifestação fônica), estamos pensando no significante.
Exemplos: c-a-sa (/k/a/s/a/), m-e-sa (/m/e/s/a/), g-a-t-o (/g/a/t/o/)
Significado é conceito do signo, o elemento abstrato; por meio dele conseguimos formar uma representação mental, a partir do que sabemos sobre o assunto. Quando visualizamos o signo, incluímos aspectos físicos e detalhes.
Exemplos: casa (construção com paredes, telhas, portas, janelas e cômodos, para onde as pessoas vão após um dia exaustivo no trabalho), mesa (objeto construído a partir de um pedaço de madeira, utilizado como apoio para refeições e estudos), gato (pequeno mamífero carnívoro, doméstico, descendente do gato selvagem, com cauda longa, orelhas pontudas e bigodes).
Arbitrariedade dos signos linguísticos
Para Saussure, a relação entre os signos linguísticos (significante e significado) é arbitrária, logo cada língua terá uma palavra para designar um mesmo conceito.
No exemplo “gato”, em português, temos: gatto (italiano), chat (francês), cat (inglês). Como é que sabemos que essas três palavras, embora diferentes na forma falada e escrita, referem-se a mesma coisa? A partir das convenções linguísticas da comunidade de falantes.
Mais um exemplo: pense nos miados de um gato. Em português, escrevemos “miau, miau”. Em inglês, “meow, meow”. Ambos os signos são utilizados para designar o miado; ambos têm o significado básico (como o gato mia), mas a forma (significante) varia de língua para língua, logo, não é imutável.
É aqui que entra a arbitrariedade dos signos, na fonética e na configuração linguística da realidade, de modo que possamos compreender as diferenças. Isso significa que os signos não são naturais e que a vinculação entre palavra e objeto terá influências da comunidade linguística do falante.
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