Clube do Português

Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

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Literatura no Enem: temas que mais caem

Uma das premissas para obter uma boa nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é estudar os conteúdos de Literatura que mais caem na prova. Isso porque essa disciplina é uma das que compõem a avaliação de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

As questões de Literatura abordam, normalmente, as escolas literárias, bem como suas principais obras e autores. No entanto, você não precisa estudar tudo o que diz respeito ao assunto em detalhes. Até porque, como sabemos, a prova do Enem é extensa e há muitas outras áreas e temas abordados. 

Para lhe ajudar, neste artigo, você terá acesso aos conteúdos de Literatura que mais caem no Enem. Dessa forma, poderá planejar os seus estudos, apostando nas temáticas que mais aparecem na avaliação. Acompanhe!

Literatura no Enem: guia dos temas mais cobrados

Quais são os conteúdos de Literatura que mais caem no Enem?

Os conteúdos de Literatura que mais caem no Enem são os relacionados às escolas literárias. Eles vão desde a interpretação de textos literários, até o reconhecimento de estilos da época.

Entretanto, é fundamental que você também estude estrutura textual, gêneros literários e figuras de linguagem, assuntos muito presentes na prova.

A seguir, falaremos sobre cada um deles, detalhadamente. Confira!

Escolas literárias

Como dito anteriormente, as escolas literárias fazem parte dos conteúdos de Literatura que mais caem no Enem. Dentre elas, podemos destacar:

É fundamental que você saiba os principais pontos de cada uma dessas escolas e conheça as suas particularidades. Isso porque as questões costumam pedir para que você identifique a qual escola determinado texto ou obra pertence. 

Exemplo de questão sobre escolas literárias

Para entender melhor como as escolas literárias são cobradas no Enem, vejamos uma questão do Enem de 2016 sobre esse tema:

Estas palavras ecoavam docemente pelos atentos ouvidos de Guaraciaba, e lhe ressoavam n’alma como um hino celestial. Ela sentia-se ao mesmo tempo enternecida e ufana por ouvir aquele altivo e indómito guerreiro pronunciar a seus pés palavras do mais submisso e mavioso amor, e respondeu-lhe cheia de emoção: — Itajiba, tuas falas são mais doces para minha alma que os favos da jataí, ou o suco delicioso do abacaxi. Elas fazem-me palpitar o coração como a flor que estremece ao bafejo perfumado das brisas da manhã. Tu me amas, bem o sei, e o amor que te consagro também não é para ti nenhum segredo, embora meus lábios não o tenham revelado. A flor, mesmo nas trevas, se trai pelo seu perfume; a fonte do deserto, escondida entre os rochedos, se revela por seu murmúrio ao caminhante sequioso. Desde os primeiros momentos tu viste meu coração abrir-se para ti, como a flor do manacá aos primeiros raios do sol.

GUIMARÃES, B. O ermitão de Muquém. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 out. 2015.

O texto de Bernardo Guimarães é representativo da estética romântica. Entre as marcas textuais que evidenciam a filiação a esse movimento literário está em destaque a

a) referência a elementos da natureza local.

b) exaltação de Itajiba como nobre guerreiro.

c) cumplicidade entre o narrador e a paisagem.

d) representação idealizada do cenário descrito.

e) expressão da desilusão amorosa de Guaraciaba.

Resposta: Letra A. Uma das princiapais característica do movimento literário chamado Romantismo é a exaltação do nacionalismo, da natureza e da pátria, como vemos no texto desta questão.

Interpretação de textos literários

Outro assunto que faz parte dos conteúdos de Literatura que mais caem no Enem é a interpretação de textos literários. A maioria das questões dessa área são desenvolvidas com o intuito de avaliar qual o seu nível de compreensão desse tipo de texto. 

É válido dizer que um conteúdo está interligado ao outro, ou seja, mesmo conhecendo todas as escolas literárias, é preciso também saber interpretar as obras de cada movimento. Normalmente, as questões trazem trechos de narrativas e poemas dos mais diversos períodos e você deve compreendê-los para identificar a qual escola pertencem.

Exemplo de questão sobre interpretação de textos literários

Para entender melhor como esse tema é cobrado nas provas do Enem, vejamos um exemplo de questão:

Sou um homem comum

brasileiro, maior, casado, reservista,

e não vejo na vida, amigo

nenhum sentido, senão

lutarmos juntos por um mundo melhor.

Poeta fui de rápido destino

Mas a poesia é rara e não comove

nem move o pau de arara.

Quero, por isso, falar com você

de homem para homem,

apoiar-me em você

oferecer-lhe meu braço

que o tempo é pouco

e o latifúndio está aí matando

[…]

Homem comum, igual

a você,

[…]

Mas somos muitos milhões de homens

comuns

e podemos formar uma muralha

com nossos corpos de sonhos e margaridas.

FERREIRA GULLAR. Dentro da noite veloz. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 (fragmento).

No poema, ocorre uma aproximação entre a realidade social e o fazer poético, frequente no Modernismo. Nessa aproximação, o eu lírico atribui à poesia um caráter de

a) agregação construtiva e poder de intervenção na ordem instituída.

b) força emotiva e capacidade de preservação da memória social.

c) denúncia retórica e habilidade para sedimentar sonhos e utopias.

d) ampliação do universo cultural e intervenção nos valores humanos.

e) identificação com o discurso masculino e questionamento dos temas líricos.

Resposta: Letra A. Note que, para resolver essa questão, você não precisa necessariamente saber as características do movimento modernista, pois estamos diante de uma questão de interpretação de texto. Perceba que o poema fala sempre sobre a importância do trabalho em conjunto e do poder que ele tem para transformar a realidade (“Mas somos muitos milhões de homens comuns e podemos formar uma muralha com nossos corpos de sonhos e margaridas.”)

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Como estudar Linguagens para o Enem: guia para tirar 700+

Ter dúvidas sobre como estudar Linguagens para o Enem é algo muito comum. Isso porque a prova de Linguagens contempla 45 questões, ao todo, divididas em Língua Portuguesa, Literatura e Língua Estrangeira. 

Aplicada no primeiro dia do Enem e com a duração de 5h30, a avaliação de Linguagens é considerada a mais extensa e cansativa segundo os estudantes. Não é para menos, uma vez que, além dos longos textos que antecedem às perguntas, ainda é necessário responder às 45 questões de Ciências Humanas e produzir a redação final

Em razão disso, preparar-se para essa prova, em um primeiro momento, pode parecer uma tarefa bem complicada. No entanto, adotar a estratégia certa e focar nos fatores que mais importam pode ser um diferencial e tanto para se dar bem no exame. 

Pensando nisso, neste artigo, preparamos para você um guia completo de como estudar Linguagens para o Enem. Reunimos dicas que, certamente, vão te ajudar a melhorar o seu desempenho nessas disciplinas. Acompanhe!

Como estudar Linguagens para o Enem?

Saiba como estudar Linguagens para o Enem

Como dito anteriormente, a prova de Linguagens abrange 45 questões divididas em Língua Portuguesa, Literatura e Língua Estrangeira. Inclusive, contempla textos dos mais diversos temas e gêneros. Por esta razão, é fundamental estudar cada uma das disciplinas, explorando os conteúdos que mais caem na avaliação. Confira as nossas dicas, a seguir!

Língua Portuguesa

Interpretação de texto, variações linguísticas, funções da linguagem, figuras de linguagem, tipologia textual e gêneros textuais, são os temas que mais caem na prova de Linguagens. Em razão disso, separamos as sugestões de como estudar Linguagens para o Enem quando a disciplina é Língua Portuguesa. 

1. Leia bastante

Muita gente acredita que a única leitura válida para se dar bem na prova do Enem é a que faz referência aos livros de Língua Portuguesa e Literatura. Entretanto, não é bem assim que funciona. 

Em outras palavras, todo e qualquer texto lido ajuda a melhorar a compreensão das questões avaliativas e ainda ampliar o vocabulário. Inclusive, a leitura auxilia no entendimento das variações linguísticas e nas funções da linguagem. 

Além disso, os livros de histórias, as notícias, os poemas e até mesmo os quadrinhos podem auxiliar na construção da redação.

2. Pratique a escrita

Praticar a escrita pode parecer uma dica errônea quando o assunto é saber como estudar Linguagens no Enem. Contudo, ela é essencial, por diversos motivos. O principal deles é o aprimoramento das habilidades de argumentação e análise crítica. Fatores fundamentais para interpretar os textos contidos nas questões.

Além disso, quanto melhor for a sua escrita, melhor será a sua forma de se expressar com coerência, o que também é um ponto muito importante para a redação final.

3. Aprenda tipologia textual e gêneros textuais

A prova de Linguagens do Enem contempla os mais diversos tipos e gêneros textuais. Por essa razão, você precisa saber distinguir um texto narrativo de um dissertativo, por exemplo. Bem como, um conto de uma resenha. 

Ter um bom conhecimento das características de cada texto, vai ajudar você a não se confundir na hora de responder perguntas sobre eles. 

4. Estude as figuras de linguagem

As figuras de linguagem são vistas com frequência na prova de Linguagem para o Enem. Esse tipo de recurso expressivo é encontrado nos textos e em inúmeras questões. Inclusive, é um tema muito recorrente também na avaliação de Literatura.

Por essa razão, é indicado que você as estude com riqueza de detalhes. Normalmente, as que mais aparecem no Enem são:

  • metáfora;
  • metonímia;
  • eufemismo;
  • personificação;
  • comparação;
  • sinestesia;
  • pleonasmo;
  • hipérbole;
  • paradoxo;
  • ironia.

5. Não esqueça da gramática

Embora não seja o foco do Enem, o domínio da gramática permite que você tenha uma melhor compreensão textual, evitando interpretações erradas. Isso porque as regras gramaticais estão totalmente conectadas às questões de Língua Portuguesa.

Isso significa que, se você não souber o que é uma conjunção coordenativa, por exemplo, pode não entender a função dela em uma determinada questão.

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Uso de maiúsculas e minúsculas em palavras com hífen

Ex-presidente ou Ex-Presidente? Vice-Reitor ou Vice-reitor? Afinal, nas palavras compostas separadas por hífen, devemos escrever os dois termos em maiúscula ou somente o primeiro deles? Neste artigo, vamos resolver esta dúvida. Confira!

Maiúsculas e minúsculas em palavras com hífen

De acordo com o Manual de redação da Presidência da República, “em palavras com hífen, após se optar pelo uso da maiúscula ou da minúscula, deve-se manter a escolha para a grafia de todos os elementos hifenizados” (p.26).

Em outras palavras, ou grafamos ambos os termos com letra minúscula, ou ambos com maiúscula:

  • O Ex-Presidente (ou ex-presidente) realizou discurso na última semana.
  • O Vice-Reitor (ou vice-reitor) abriu o congresso com uma aula magna.

Nomes próprios

Para finalizar este artigo, vale destacar que, em nomes próprios, a única opção é utilizar todos os termos com letra maiúscula:

  • Grã-Bretanha;
  • Timor-Leste;
  • República Centro-Africana;
  • Associação Latino-Americana de Psicologia Social;
  • Jogos Pan-Americanos.

Questão sobre uso hífen para o Enem

1. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão em concordância com as regras de uso de maiúsculas e minúsculas em compostos com hífen:

a) Ex-presidente, Guiné-Bissau, pan-americano;

b) vice-presidência, Timor-Leste, Sub-Regente;

c) Grã-bretanha, Vice-Reitor, Associação Inter-Regional para Cooperação;

d) União Pan-Africana de Nações, vice-Governador, Torneio Sul-Americano de Basquete.

Resposta:

A alternativa correta é a letra “b”. Perceba que ela segue todas as regras citadas no artigo.

Vamos analisar agora os erros nas demais alternativas:

  • Na letra “a”, a grafia “Ex-presidente” está incorreta, pois mistura o uso de maiúsculas e minúsculas.
  • Na letra “c”, a grafia “Grã-bretanha” está incorreta. Como se trata de um nome próprio, ambos os termos devem ser grafados com letra maiúscula.
  • Na letra “d”, a grafia “vice-Governador” está incorreta, porquanto também mescla indefidamente o uso de maiúsculas e minúsculas.

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Gostou do texto? Então, aprofunde seus estudos com nosso Guia do Hífen.

Contação de histórias: papel no processo de aprendizado e como otimizar a prática

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A contação de histórias é uma das formas mais antigas e poderosas de transmitir conhecimentos, valores e emoções. Afinal, desde os tempos mais remotos, os seres humanos usam as histórias para se comunicar, se divertir, educar e se inspirar. 

Dentre outras coisas, as histórias estimulam a imaginação, a criatividade, atenção, expressão e empatia. Elas também contribuem para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita, da leitura e da interpretação de textos.

Na educação, a contação de histórias é uma estratégia pedagógica que pode ser utilizada em diferentes níveis e áreas de ensino. Desde a alfabetização até o ensino superior, passando pelo ensino fundamental e médio. A contação de histórias pode favorecer o aprendizado de conteúdos curriculares, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, a formação de valores éticos e morais, a construção da identidade cultural e a promoção da cidadania.

Por isso, hoje vamos apresentar algumas dicas interessantes para ajudar você a aprimorar essa arte milenar e transformadora. Leia até o fim e confira!

Contação de histórias

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Contar uma história é algo realmente poderoso. Afinal, não é à toa que o registro da evolução da humanidade pode ser observado e sentido por meio das histórias que se contam sobre ela. 

Segundo Malba Tahan (1961, p. 24), até nossos dias, todos os povos civilizados ou não, têm usado a história como veículo de verdades eternas, como meio de conservação de suas tradições, ou da difusão de ideias novas.

Sendo assim, contar histórias vai além de apenas passar informações, mas é também uma forma de eternizar a expressividade cultural. E para conseguir extrair o máximo de resultados da contação de histórias como prática pedagógica, é possível seguir algumas dicas.

Conheça o seu público

Antes de escolher e contar uma história, é importante conhecer o seu público: 

  • Quem são?
  • Quantos são?
  • Qual a faixa etária?
  • Quais os interesses, necessidades, dificuldades, expectativas e conhecimentos prévios que eles têm?

Essas informações vão ajudar você a selecionar as histórias mais adequadas, que sejam relevantes, significativas, desafiadoras e motivadoras para os seus ouvintes.

Além disso, é importante adaptar a linguagem, o vocabulário, o ritmo, o tom e o estilo da narrativa de acordo com o perfil do público. Por exemplo, se você for contar uma história para crianças pequenas, você pode usar uma linguagem mais simples, lúdica e repetitiva, com rimas, onomatopeias, gestos e sons. Agora, se a história for para adolescentes, é interessante utilizar uma linguagem mais informal, atual e provocativa, com humor, ironia, gírias e referências culturais.

Escolha com critério o material para contação de histórias

A escolha das histórias é um dos aspectos mais importantes da contação na educação. Assim, elas devem estar alinhadas com os objetivos pedagógicos, conteúdos curriculares, temas transversais e projetos educativos que você pretende trabalhar. Elas também devem ter uma estrutura clara, com começo, meio e fim, e uma mensagem central, que seja coerente, consistente e significativa.

As histórias devem ter personagens, cenários, conflitos e soluções que sejam interessantes, verossímeis e atraentes para os ouvintes. Também é importante que elas tenham um equilíbrio entre o real e o imaginário, o conhecido e o desconhecido, o simples e o complexo. Lembre-se de que elas devem provocar a curiosidade, a surpresa, a reflexão, a emoção e a ação dos ouvintes.

Prepare-se para contar a história

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Depois de escolher a história, é preciso se preparar para contá-la. Isso envolve ler, reler, estudar, compreender, interpretar, memorizar e ensaiar. Para contar com desenvoltura, você deve dominar o conteúdo, a estrutura, a linguagem e a mensagem da história. 

Dessa forma, mesmo que seja superficialmente, planeje como você vai iniciar, desenvolver e concluir a narrativa. Também é interessante ter uma espécie de script sobre como vai interagir com os ouvintes, usar os recursos expressivos e tecnológicos, e avaliar o resultado da contação.

Para isso, procure ensaiar a história algumas vezes, sozinho ou com a ajuda de alguém, se possível. Assim, é possível verificar o tempo, ritmo, entonação, postura, gestuário, etc.

É bom lembrar que você precisa estar preparado para improvisar, adaptar, modificar ou corrigir a história, caso seja necessário. Isso de acordo com o feedback dos ouvintes, situações imprevistas, erros ou dificuldades que possam surgir.

Use recursos expressivos e tecnológicos na contação de histórias

A contação de histórias pode ser enriquecida com o uso de recursos expressivos e tecnológicos, que ajudam a criar um clima e a estimular sensorialmente os ouvintes. A saber, esses recursos podem ser sonoros, visuais, táteis, olfativos, gustativos, etc. Também podem ser naturais, artificiais, tradicionais, modernos, etc.

Exemplos de recursos expressivos naturais são:

  • A voz;
  • O corpo;
  • O rosto;
  • O olhar;
  • Os gestos;
  • Movimento, etc. 

Dessa forma, você pode usar esses recursos para dar vida, personalidade, emoção, intenção, etc. aos personagens, cenários, situações e conflitos da história. 

Já os recursos tecnológicos podem ser:

  • Microfone;
  • Alto-falante;
  • Projetor;
  • Computador;
  • Celular;
  • Câmera;
  • Gravador;
  • Fone de ouvido, etc. 

Eles podem ser usados para ampliar e editar a voz, o som, a imagem, o vídeo da história. Assim, sua audiência pode escutar e compreender melhor a narrativa, o que contribui para a compreensão da história em um nível mais profundo.

Dica de recurso tecnológico para contação de histórias

Um recurso tecnológico que pode ser muito útil para a contação de histórias na educação é o CapCut Online, uma ferramenta online que permite editar vídeos de forma simples e rápida, sem precisar baixar ou instalar nenhum programa. 

Com esse editor de vídeo online, você pode criar vídeos impressionantes para contar histórias de forma criativa e envolvente. Entre outras coisas, é possível usar o CapCut Online para cortar, redimensionar, girar, inverter, acelerar, desacelerar, mesclar, dividir, recortar, etc. os seus vídeos. 

Você também pode usar o CapCut Online para adicionar filtros, efeitos, transições, textos, músicas, efeitos sonoros e muito mais. Aliás, ele também permite remover o fundo do vídeo, converter texto em voz e voz em texto, traduzir o vídeo, etc. E o melhor é que CapCut Online é uma ferramenta gratuita, fácil de usar e você nem precisa baixar nada.

Portanto, esse é um recurso tecnológico muito interessante.

Agora que você já sabe como a contação de histórias pode ser poderosa no processo de aprendizado, coloque essas dicas em prática e eleve essa técnica milenar a um novo patamar!

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Classificação das sílabas: regras e uma análise completa

Para que seja possível aprender de forma mais completa tudo sobre a gramática da língua portuguesa, saber as regras de classificação das sílabas quanto a sua tonicidade e seu número é extremamente importante.

Então temos que entender melhor como funcionam a acentuação e a separação das sílabas para que saibamos fazer de forma correta a sua classificação, e as regras que devemos utilizar para fazer a classificação de sílabas.

Pensando nisso, compilamos as informações que são necessárias para que seja possível entender totalmente o conceito de sílaba, como classificá-las, separá-las, sua importância no nosso idioma e criamos um guia com alguns exemplos práticos para tornar mais simples a compreensão.

Classificação das sílabas: guia completo e atualizado

Definição e conceito de sílaba

As sílabas são os menores componentes das palavras, são pequenos pedacinhos que juntos formam palavras que são capazes de passar sentido e significado. Gramaticalmente falando, as sílabas são fonemas que transmitem, sozinhas ou juntas, a ideia que queremos informar, e em cada sílaba sempre vai haver uma vogal. Através das sílabas, podemos fazer a classificação das palavras, quanto ao número (de sílabas) e tonicidade. 

O que é classificação das sílabas?

Para fazermos a classificação das palavras é em primeiro lugar necessário fazer a classificação das sílabas em função do número e da de cada pedacinho da palavra ou fonema. Ou seja, é preciso saber separar as sílabas e contá-las, e também verificar onde se encontra a sílaba mais forte da palavra, ou a sílaba tônica.

Classificação das palavras quanto ao número de sílabas 

Para fazer a classificação de uma palavra através do número de sílabas que a compõem, é preciso saber que temos uma regra que nomeia as palavras de acordo com a quantidade de sílabas que a formam. São elas as monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas. Vamos explicar abaixo como fazer a classificação do número de sílabas de cada palavra:

Monossílabas 

Apresentam apenas uma única sílaba, é uma palavra indivisível. 

Exemplos: Sol; mar; céu; lar; luz.

Dissílabas

Palavras que ao serem divididas, apresentam duas sílabas. 

Exemplos: Casa; luva; mesa; sopa; café.

Trissílabas

No caso das palavras trissílabas, as sílabas são três.

Exemplos: Careta; macaco; viagem; fedelho; fogaréu.

Polissílabas

Por fim vêm as palavras polissílabas, que apresentam quatro ou mais sílabas.

Exemplos: Comemoração; protuberante; escarnecer; paralelepípedo; consultoria; despreparado.

Separação e classificação das sílabas

Para que possamos classificar as palavras quanto ao número de sílabas, é preciso que saibamos algumas regras na hora de fazer a separação das sílabas. A regra principal é bastante simples, e diz que a separação de sílabas se dá de acordo com o número de fonemas (ou sílabas) pronunciados de uma única vez. Vejamos como fica a classificação do número de sílabas de cada palavra:

Exemplos:

  • Caráter: ca – rá – ter (trissílaba)
  • Papel: pa – pel (dissílaba)
  • Característica: ca – rac – te – rís – ti – ca (polissílaba)
  • Suéter: su – é – ter (trissílaba)

Dentro das sílabas existem as vogais e as semivogais “i” e “u” que aparecem em determinadas palavras.

Exemplos: 

Papai: pa – pai (sendo o “i” uma semivogal que se apoia no “a” da segunda sílaba).

Troféu: tro – féu (sendo o “u” uma semivogal que se apoia no “e” presente na segunda sílaba da palavra).

  • Os ditongos e tritongos devem obrigatoriamente permanecer na mesma sílaba, são indivisíveis.

Exemplos:

Melaleuca: me – la – leu – ca

Uruguai: U –  ru –  guai

Paraguai: Pa – ra – guai

  • Os dígrafos “ch”, “lh”, “nh”, “gu” e “qu” são inseparáveis.

Exemplos:

Cachorro: ca – chor- ro

Palhaço: pa – lha – ço

Miguel: Mi – guel

Brinquedo: brin – que – do

  • Os dígrafos “ss”, “rr”, “sc”, “sç”, “xs”, e “xc” devem ser separado

Exemplos:

Carroça: car – ro – ça

Sessão: ses – são

Desço: des – ço

Possesso: pos – ses – so

Excelente: ex – ce – len – te

  • Os hiatos são obrigatoriamente divididos em sílabas diferentes

Exemplos:

Dia: di – a

Matriarcado: ma – tri – ar – ca – do

Esaú: E – sa – ú

  • Encontros consonantais devem ser divididos em sílabas diferentes, exceto os que a segunda consoante é “l” ou “r”.

Exemplos:

Treco: tre – co

Classe: clas – se

Broto: bro – to

  • Os encontros consonantais que iniciam as palavras devem permanecer juntos na mesma sílaba

Exemplos:

Pneumático: pneu – má – gi – co

Gnomo: gno – mo

Classificação das palavras por tonicidade

A segunda forma de classificação de sílabas ou de fonema, é quanto a sua tonicidade, e consequentemente cada palavra recebe um tipo diferente de classificação de acordo com a posição que sua sílaba tônica ocupa, como veremos abaixo:

Oxítonas

São as palavras em que sua sílaba tônica, ou a sílaba forte, é a última.

Exemplos: chá; jiló; gari; amém; sopé; maracujá.

Paroxítonas

No caso das palavras paroxítonas, a sílaba tônica é a penúltima da palavra.

Exemplos: recente; látex; surpresa; caráter; poliéster; teatro; catéter; separado.

Proparoxítona

E por último temas as palavras classificadas como proparoxítonas, em que a sílaba tônica fica em antepenúltimo lugar dentro da palavra.

Exemplos: propósito; característica; próximo; ágape; pretérito; tâmara; último.

Se houver qualquer tipo de dúvida sobre qual é a sílaba forte da palavra, há um truque que pode ajudar a encontrá-la mais facilmente. Pronuncie a palavra em voz alta, de forma interrogativa. A sílaba forte ficará rapidamente em evidência. Depois dessas informações, com certeza a classificação de sílabas se tornará ainda mais fácil para você.

Tudo sobre o grau comparativo de superioridade

No dia a dia utilizamos muitos recursos da língua portuguesa sem nos dar conta, e esse é o caso do grau comparativo de superioridade, que é bastante usado mas muitas vezes nem percebemos isso, ao utilizarmos adjetivos.

Quando pintar uma dúvida sobre o que é correto fazer com relação ao comparativo de superioridade de adjetivos, basta dar uma lida no texto abaixo que ficará mais fácil saber empregar corretamente o comparativo.

Para que você perceba a diferença entre o grau comparativo de superioridade e o grau superlativo, como identificar e empregar esse recurso em textos, e perceber de forma prática nas frases, redigimos um pequeno manual sobre o tema. Vamos saber mais sobre o assunto!

O que é grau comparativo de superioridade?

Os adjetivos existem para empregar qualidades ao sujeito das frases. Além disso, em alguns casos, os adjetivos também são utilizados para comparar pessoas ou coisas. 

É quando existe essa comparação entre as partes utilizando adjetivos que o grau comparativo é utilizado, tanto para expressar uma ideia de igualdade, quanto de superioridade ou inferioridade. Entenda as diferenças a seguir e saiba tudo sobre o grau comparativo de superioridade.

Entenda a diferença entre comparativo de superioridade e igualdade

Ainda que todos os graus comparativos se utilizem de adjetivos para exercer algum tipo de comparação entre as partes, os três graus comparativos possuem diferenças bem claras.

No caso do grau comparativo de superioridade, existe uma comparação para aumentar a característica de uma ou uma das partes em relação a outra ou outras. Enquanto isso, o grau comparativo de igualdade põe as partes do sujeito num mesmo nível. 

Entenda a diferença entre comparativo de superioridade e inferioridade

Como dito acima, os adjetivos servem para aplicar qualidades aos sujeitos das frases, além de tecer comparações entre os componentes do sujeito. No entanto, optar por usar o grau comparativo de superioridade ou de inferioridade vai depender do que você quer expressar.

O grau comparativo de superioridade serve para demonstrar que um dos sujeitos têm maiores ou melhores características que o outro.  Já no grau comparativo de inferioridade, como o próprio nome já indica,  funciona de maneira exatamente oposta, colocando uma das partes do sujeito com características inferiores às do outro ou dos outros. 

Continue a leitura para conferir exemplos de grau comparativo de superioridade!

Qual a diferença entre o grau comparativo de superioridade e superlativo?

É muito importante destacar que o grau comparativo envolve pelo menos duas partes para que possa haver a comparação entre eles, e então se apresentam as formas de igualdade, inferioridade ou superioridade. Essa é uma das maneiras de diferenciar esses dois graus que se utilizam de adjetivos. 

No caso do grau superlativo, o que podemos observar é que a caraterística atribuída pelo adjetivo é intensificada e não há comparação. Além disso, pode ser feita de forma relativa quando envolve mais de uma pessoa ou grupo, ou de forma absoluta quando se refere a um componente ou grupo do sujeito.

Exemplos de frases no comparativo de superioridade

Para que fique mais clara e fácil a compreensão, vamos dar exemplos de frases do grau comparativo de superioridade, e assim será possível perceber a estrutura utilizada nele:

Exemplos: 

  • Essa comida está melhor que a que experimentamos aqui na última semana.
  • Sua pulseira é mais bonita que a minha.
  • Para escrever discursos, Paulo é melhor que Mario. 
  • Descrevendo assim, percebo que sua mãe é mais carinhosa que seu pai.
  • Esse utilitário é mais caro que o meu.
  • Meu time tem mais títulos que o seu.
  • A comida fresca é muito mais saudável que comida pronta e congelada.

E aí? Já sabe tudo sobre o grau comparativo de superioridade? Se quiser continuar aprendendo ainda mais, confira todos os nossos conteúdos sobre gramática e domine a língua portuguesa!

Frase Optativa: O que é e como identificá-la

Existem dentro da nossa gramática variados tipos de frases, com diferentes estruturas. E uma das que usamos com certa frequência tanto ao redigir textos quanto em conversas do cotidiano é a frase optativa, que será nosso tema de hoje.

Para que saibamos identificar as frases optativas é necessário saber seu significado, que tipo de frase ela é, e suas principais características. Vamos relembrar esse assunto.

Para que sua identificação seja rápida, fácil, e seja possível diferenciá-la dos outros tipos de frases de maneira acertada, seguem algumas informações relevantes sobre as frases optativas, como sua estrutura, pontuação e exemplos.

O que é uma frase optativa?

As frases optativas são aquelas em que se deseja algo a alguém, e ao final geralmente se utiliza um ponto de exclamação para reforçar a ideia. É a frase onde se expressa claramente uma opinião, um desejo de que algo ocorra, uma benção, votos ou realizações.

Exemplos de frases optativas

Seguem abaixo alguns exemplos de frases optativas, para melhor compreensão:

  • Que Deus te proteja!
  • Espero que consiga a vaga de emprego!
  • Torcendo pela sua pronta recuperação!
  • Tenha uma ótima viagem!
  • Boa sorte no novo emprego!

Tipos de frases optativas

Existem dois tipos de frases optativas, as que são classificadas como optativas nominais e as optativas verbais.

Frase optativa nominal

As frases classificadas como optativas nominais não possuem em sua estrutura nenhum verbo, nada que indique ação.

Exemplos de frases optativas nominais:

  • Que bela jóia.
  • Nossa, que casa mais arrumada!
  • Lindo vestido!
  • Garoto esperto!
  • Que funcionário dedicado!

Frase optativa verbal

Já no caso das frases optativas verbais, sempre vai haver em sua estrutura um verbo, que pode compor sozinho a frase, ou vir acompanhado de outras palavras.

Exemplos de frases optativas verbais:

  • Amanheceu!
  • Seja feliz!
  • Desejo muita saúde ao bebê!
  • Tenha um ótimo dia!
  • Espero que vença a prova!

Diferença entre frase optativa e frase exclamativa

Com o objetivo de facilitar sua vida, e para que não reste nenhuma dúvida na hora de identificar as frases optativas, e que seja mais claro diferenciá-la das frases exclamativas, seguem a explicação do que diferencia as duas.

As frases optativas podem ser confundidas com as frases exclamativas uma vez que geralmente levam o ponto de exclamação ao fim. E é bom ressaltar que as frases optativas expressam o desejo a alguém, ou votos ou bênçãos. Enquanto as frases exclamativas sempre serão pontuadas com um ponto de exclamação, e sua entonação é sempre mais veemente.  

Diferença entre frase optativa e frase declarativa

Para estabelecer a diferença entre frases optativas e declarativas é bastante simples, uma vez que as frases declarativas estão fazendo algum tipo de declaração ou constatação sobre algo ou alguém. Enquanto as frases optativas estão desejando algo e sua entonação é mais exclamativa que as das frases declarativas.

Para melhor compreensão e utilização é preciso conhecer bem as características e regras da gramática portuguesa, especialmente depois do Novo Acordo Ortográfico, que unificou o nosso idioma aos de outros países de língua portuguesa.
Agora que você mergulhou no universo da gramática e já sabe o que é frase optativa, por que não explorar mais? Convidamos você a visitar nossa categoria Revisão de Texto, onde oferecemos uma variedade de conteúdos, desde a correção de erros comuns até dicas de edição avançada. Aperfeiçoar seu texto nunca foi tão fácil! 🖊️

Possui ou Possue: qual a forma correta?

A forma correta é possui, com “i” no final da palavra. A grafia possue, com “e”, está incorreta.

Possui é a conjugação do verbo possuir na 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo (ele possui, ela possui, você possui) ou na 2.ª pessoa do singular do imperativo (possui tu):

Verbo possuir – presente do indicativo

Vejamos a conjugação do verbo possuir no presente do indicativo:

1ª pessoa do singularEu possuo
2ª pessoa do singularTu possuis
3ª pessoa do singularEle possui
1ª pessoa do pluralNós possuímos
2ª pessoa do pluralVós possuís
3ª pessoa do pluralEles possuem

Verbo possuir – imperativo

Agora vamos conferir a conjugação do verbo possuir no imperativo:

1ª pessoa do singularEu —
2ª pessoa do singularTu possui
3ª pessoa do singularEle possua
1ª pessoa do pluralNós possuamos
2ª pessoa do pluralVós possuí
3ª pessoa do pluralEles possuam

Conjugação dos verbos terminados em -uir

Em regra, os verbos terminados em -uir formam a 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo com a terminação -i:

  • arguir – argui;
  • atribuir – atribui;
  • concluir – conclui
  • contribuir – contribui;
  • delinquir – delinqui ou delínqui;
  • diminuir – diminui;
  • possuir – possui.

Exemplos com “possui”

  • Marcos possui uma casa muito bem avaliada no mercado imobiliário.
  • A empresa americana possui uma filial em Vitória da Conquista, a aproximadamente 580km de Salvador.
  • Possui apenas o que te é de direito e serás feliz com o que tens.

Uso correto do verbo possuir

Para finalizar este artigo, vale destacar que o verbo possuir deve ser utilizado somente quando quisermos indicar uma relação de posse ou de propriedade.

Nesse sentido, o verbo não deve ser usado como substituto de “ter”. Por exemplo, não é correto dizer: “este apartamento possui três suítes.” Nesse caso, não há relação de posse. Assim, o melhor é dizer “este apartamente tem três suítes”.

Da mesma forma, não é adequado dizer: “aquela moça possui manchas no rosto.”. Mais uma vez, não se configura uma relação de propriedade, mas sim de característica. Nesse sentido, o melhor é dizer: “aquela moça tem manchas no rosto”.

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Por que é necessário escrever conteúdo de qualidade para sites?

A era digital entrou numa nova era, onde o influxo da inteligência artificial e das tecnologias modernas de ponta conferem novas dimensões à vida humana.

As empresas enfrentam uma concorrência imensa à medida que os novos participantes estão saturados em todos os outros mercados. O mesmo vale para pessoas que administram negócios online.

Eles têm que trabalhar diversos aspectos para ter uma presença firme no mercado. Nesse sentido, escrever conteúdo de qualidade para um site é essencial por vários motivos.

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Guia completo sobre acentos gráficos na língua portuguesa

Em todos os idiomas os acentos gráficos são extremamente importantes para identificação da sílaba tônica de cada palavra, e na língua portuguesa não é diferente.

Saber como acentuar e as regras sobre como utilizar cada tipo de acento são conhecimentos fundamentais, e torna sua capacidade de escrever e pronunciar as palavras de forma correta maior e mais fácil.

Para relembrar as regras da acentuação gráfica, os tipos de acentos e enfatizar sua importância no nosso idioma em especial, vamos discorrer sobre o tema, e esclarecer qualquer dúvida que você possa ter.

O que é acento gráfico?

O acento gráfico é o elemento usado dentro de cada idioma que serve para indicar a sílaba tônica de cada palavra, demonstrando assim, como cada uma deve ser pronunciada. Sua utilização é muito importante na língua portuguesa, uma vez que temos muitas palavras com mesma grafia, mas sentidos e pronúncias diferentes. 

Quais são os tipos de acentos gráficos?

Para compreender melhor como funciona a acentuação gráfica, vamos mostrar seus elementos e funções dentro do português, sim, pois em outros idiomas os acentos possuem funções diversas das que utilizamos por aqui.

São três tipos de acentos utilizados, o acento agudo, o circunflexo e o grave. Vamos saber mais sobre cada um deles:

Acento Agudo (´)

O acento agudo, um dos mais comuns no portugês, é utilizado apenas em vogais e sua função é indicar um som mais aberto. Podemos demonstrar a grande diferença que o acento agudo causa nas palavras utilizando como exemplo pele e Pelé. 

Apesar de possuírem a mesma grafia, são palavras que diferem em pronúncia e significado.

Outro bom exemplo do uso de acento agudo está nas palavras: 

  • Sabia – verbo saber conjugado na terceira pessoa do singular no pretérito perfeito.
  • Sábia – adjetivo
  • Sabiá – substantivo comum, um pássaro comum no Brasil. 

A grafia das três palavras é a mesma, mas o acento ou sua ausência faz toda a diferença na sua pronúncia, classificação gramatical e sentido.

Acento Circunflexo (^)

No caso do acento circunflexo, ao contrário do acento agudo, ele denota um som mais fechado ou mesmo anasalado. Utilizado apenas nas vogais “a”, “e” e “o”. Para compreender como o uso do acento circunflexo é importante, vamos a dois exemplos bastante significativos. Avô e avó. 

Ao pronunciarmos as duas palavras, podemos perceber a diferença que o acento circunflexo tem em relação ao acento agudo, e o som mais fechado que ele dá às palavras. Avó com acento agudo é a mãe do pai ou da mãe, um substantivo comum feminino. Avô com acento circunflexo é também um substantivo comum, mas no masculino e significa pai do pai ou da mãe.

Acento Grave (`)

No caso do acento grave a explicação é bastante simples. Ele denota a conjunção do artigo feminino “a” ou “as” com a preposição “a”. Ou a contração da preposição “a” com os pronomes aquilo, aquele, aquela estando no plural ou não. Então o acento grave é usado apenas quando há a junção desses dois termos, e só conseguimos identificá-lo através de frases, pois ele depende da palavra que o antecede.

Exemplos: Vamos à ópera esse final de semana.

(A preposição é usada pois quem vai, vai “a” algum lugar. E ópera é um substantivo feminino precedido de artigo definido feminino “a”.

Para que servem os acentos gráficos?

A maior função dos acentos gráficos é realmente enfatizar as sílabas tônicas das palavras, ou a sílaba forte. Eles servem para diferenciar palavras que são escritas de forma idêntica, mas possuem significados e pronúncias diferenciadas entre si.

Ao ler um texto, a falta de acentuação pode tirar palavras de contexto, mudando totalmente o sentido do que pretendia ser dito.

Como usar corretamente os acentos gráficos

Para dirimir qualquer dúvida, e servir de manual caso não tenha certeza sobre a acentuação correta de determinadas palavras, vamos montar um pequeno manual com as regras de acentuação do nosso idioma, vejamos abaixo:

Palavras oxítonas

Uma das regras de acentuação está relacionada a palavras oxítonas. Confira a seguir alguns exemplos.

  • Terminadas em “a”, “e” e “o”, seguidas ou não de “s”. Exemplos: Sofá; pás; sopé; cafés; jiló; cipós.
  • Terminadas em “em” ou “ens” quando possuírem mais de uma sílaba. Exemplos: Neném; reféns.
  • Terminada em ditongos crescentes “éi”, “éu” e “ói” seguidas ou não de “s”. Exemplos: Povaréu; troféus; chapéu; réis; destrói.
  • Palavras oxítonas terminadas em mesóclise e ênclise.

Exemplos: Comê-lo-ei; empurrá-lo.

Palavras paroxítonas

Já nas palavras paroxítonas, os acentos gráficos são usados da seguinte forma:

  • Terminadas com “i” e “u” seguidas ou não de “s”. Exemplos: Bijú; táxis.
  • Terminadas com as consoantes “l”, “r”, “s”, “n” e “x”. Exemplos: Látex; córtex; dócil; sêmen; lápis; ímpar.
  • Terminadas em “ã”, “ão” e “um”, seguidas ou não de “s”. Exemplos: Álbuns; órfã, sótãos.
  • Terminadas em ditongos abertos. Exemplos: Réguas; tênue; ingênuos.

Palavras proparoxítonas

Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas na língua portuguesa. Com acento agudo se sua pronúncia for mais aberta, ou com acento circunflexo em caso de pronúncias mais fechadas.

Exemplos: Tímpano; êmbolo; rótulo; cágado; xícara; prática; âmbito.

Diferença entre acento gráfico e acento tônico

Para que fique totalmente clara a diferença entre acentos gráficos, nosso tema de hoje, e os acentos tônicos, vamos explicar o que os diferencia. Os acentos gráficos, como dito acima, são elementos que denotam a sílaba mais forte da palavra, de acordo com o aspecto ortográfico. Enquanto os acentos tônicos são usados para ressaltar a sílaba tônica, de acordo com a fonética.

Vale ressaltar que o til (~) não é um acento gráfico, mas sim um sinal que indica que a sílaba deve ser pronunciada de forma anasalada, e em alguns casos pode aparecer em palavras juntamente com acentos gráficos. 

Exemplo: Bênção – Note que a sílaba tônica é a primeira, mas o til surge para expressar o tom anasalado da segunda sílaba.

O trema (¨) é outro caso que não é considerado como acento gráfico, e sim um sinal que ajudava a mostrar a pronúncia correta de algumas palavras, em sílabas formadas por “que”, “qui”, “gue” e “gui”. 

Porém com a criação do Novo Acordo Ortográfico o trema foi abolido em palavras de origem portuguesa, unificando assim a forma de escrever nos países que utilizam o português.

Exemplos: 

  • Eloqüente – eloquente
  • Lingüiça – Linguiça.

Porém vale ressaltar que em palavras que são originárias de outros idiomas, o trema segue sendo utilizado para auxiliar a pronunciar corretamente determinadas sílabas. Como no nome da modelo Gisele Bündchen por exemplo.

Agora que você tem uma melhor compreensão sobre acentos gráficos, por que não dar um passo adiante? Conheça a nossa categoria de conteúdos sobre Gramática, repleta de artigos detalhados que o ajudarão a dominar as regras e estruturas do português. Não há nada melhor do que aprender algo novo todos os dias, certo? Então, vamos lá! 🎓

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